A violência que eclodiu desde o início do Ramadão assumiu proporções de guerra e os distúrbios – que se vão espalhando por toos territórios de Israel e da Palestina – são já considerados o pior confronto árabe-judaico dos últimos anos. Segundo o jornal britânico The Guardian centenas de judeus de extrema-direita tomaram as ruas em todo o país à procura de árabes, multiplicando os ataques racistas. A polícia já teve que intervir repetidas vezes.
Entretanto, o mesmo jornal afirma que os militares israelitas estão a elaborar um plano de ataque terrestre à Faixa de Gaza – se os foguetes dali lançados não pararem. Se o ataque terrestre avançar, o mais provável será a multiplicação incontrolada das mortes – que até este momento estão perto da centena.
Os planos de ataque no solo não foram aprovados, e serão em princípio apresentados esta quinta-feira aos chefes militares, que considerariam se devem submetê-los ao governo de Israel, disse um porta-voz do exército, citado pelo The Guardian.
Os planos para intensificar a operação militar surgiram quando o primeiro-ministro interino de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ao seu gabinete que o país havia rejeitado uma proposta de cessar-fogo do Hamas. A oferta de trégua foi feita na passada quarta-feira por via do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que citou um alto funcionário do Hamas segundo o qual o grupo islâmico estaria pronto para interromper os ataques numa “base mútua”.
Os militares israelitas realizaram centenas de ataques aéreos em Gaza desde a passada segunda-feira, matando quatro comandantes do topo da hierarquia do Hamas e dezenas de operacionais.
Entretanto, as empresas estrangeiras começam a cancelar os voos para os aeroportos israelitas mais expostos ao fogo oriundo de Gaza. A British Airways juntou-se a várias companhias aéreas dos Estados Unidos na suspensão de voos para o aeroporto Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv, ao mesmo tempo que a norte-americana Chevron informou que fechou a plataforma de gás natural Tamar, na costa israelita.
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