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Israel reivindica ataque a alvos nucleares e de produção de mísseis no Irão

O ataque aéreo atingiu “mais de 20 alvos militares em Teerão”, de acordo com um comunicado publicado pelas mesmas no Telegram, nesta quarta-feira.
epa12176030 People drive as fire and smoke rise from an oil warehouse in Tehran, Iran, 15 June 2024. Israel continues its strikes on Iran’s nuclear program and energy facilities. EPA/ABEDIN TAHERKENAREH
18 Junho 2025, 21h58

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram hoje ter atacado mais de 20 alvos militares em Teerão, incluindo de projetos de desenvolvimento de armas nucleares e de produção de mísseis.

“Nas últimas horas, 60 caças da IAF (Força Aérea), sob a direção precisa da Direção de Informações das FDI, atingiram mais de 20 alvos militares em Teerão”, afirmaram as forças israelitas em comunicado publicado no Telegram.

“Como parte do amplo esforço para operar contra o projeto de desenvolvimento de armas nucleares do Irão, [foram atacados] locais de produção de armas, locais de produção de centrifugadoras [nucleares], bem como locais de investigação e desenvolvimento do projeto de desenvolvimento de armas nucleares do regime iraniano”, adiantaram.

Segundo as IDF, estes locais permitem ao regime iraniano “expandir a escala e o ritmo do seu objetivo de enriquecimento de urânio para o desenvolvimento de armas nucleares”.

“O regime iraniano enriquece urânio muito acima do nível necessário para uso civil, com ênfase no enriquecimento a níveis elevados. O regime iraniano utilizou o vasto território do Irão e estabeleceu os seus locais de produção em diversas áreas espalhadas por todo o país, de forma a manter o funcionamento contínuo da indústria”, adiantam as IDF.

Os alvos israelitas, desde o início dos ataques na passada sexta-feira, incluem fábricas que produzem matérias-primas e componentes para a montagem de mísseis, bem como locais para a produção de sistemas de defesa aérea do Irão.

Num outro comunicado, as IDF afirmaram ter atacado um local de produção de mísseis antitanque no Irão, usado para armar o Hezbollah, movimento armado libanês apoiado pelo regime iraniano.

O alvo, adiantaram, foi um local utilizado para a produção de mísseis que foram “transferidos pelo regime iraniano para os seus agentes através de países estrangeiros, com o objetivo de realizar atividades terroristas contra o Estado de Israel”.

“Nos últimos anos, centenas de mísseis produzidos pelo regime iraniano foram transferidos para a organização terrorista Hezbollah. Desde o início da guerra, o Hezbollah lançou centenas de mísseis antitanque contra Israel, ferindo e matando inúmeros civis e soldados”, adiantam as IDF.

Israel lançou um ataque contra o Irão na sexta-feira, 13 de junho, alegando ter informações de que Teerão se aproximava do “ponto de não retorno” para obter uma bomba atómica.

O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e drones contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.

Durante o dia, o Governo israelita reivindicou a destruição da sede de segurança interna do Irão, que descreveu como “o principal braço repressivo do ditador iraniano”, referindo-se ao líder supremo, Ali Khamenei.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que as forças do país vão continuar a atingir “os símbolos do poder e a atacar o regime dos ‘ayatollahs’ em todo o lado”, de acordo com um comunicado.

A TV estatal Press TV mostrou imagens do edifício do Crescente Vermelho Iraniano (IRCS) com fumo e uma fotografia que apresenta a entrada bastante danificada.

Outras explosões foram relatadas em bairros residenciais no leste e nordeste da capital.

O órgão de comunicação social Iran Nuances, que se apresenta como independente, noticiou que Israel também alvejou áreas próximas do Aeroporto de Payam, localizado nos arredores de Karaj, uma cidade perto de Teerão.

As partes continuaram hoje o lançamento de vagas de ataques, no sexto dia desde que o Exército israelita iniciou uma operação em grande escala em território iraniano, que resultou em mais de 200 mortes no Irão, incluindo membros das forças armadas e da liderança militar e de segurança do Irão.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu a “rendição incondicional” da República Islâmica na terça-feira e afirmou conhecer o paradeiro de Ali Khamenei, embora tenha salientado que, para já, não tomou a decisão de ordenar a sua eliminação.

Khamenei avisou hoje os Estados Unidos que vão sofrer “danos irreparáveis” se intervierem militarmente contra o país e salientou que o povo iraniano não se renderá.

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