Menos de 24 horas depois do Governo de Itália ter anunciado a implementação de um imposto sobre 40% dos lucros extraordinários da banca, referente aos exercícios financeiros de 2022 e 2023, o Executivo liderado por Giorgia Meloni veio suavizar a medida e amenizou a autêntica “maré vermelha” que invadiu os mercados no início da negociação esta terça-feira e que terá levado a perdas que quase atingiram 10 mil milhões de capitalização.
Banca sob pressão coloca mercados europeus e norte-americanos na expectativa
As perdas na banca não se limitaram à Bolsa de Milão nem ao sector da banca. Por toda a Europa sentiu-se o reflexo na medida já que a mesma foi tomada pouco tempo depois do anúncio de um corte no rating de pequenos bancos norte-americanos, algo que também contribuiu para o tom pessimista das negociações.
Talvez para conter alguns dos danos, o Governo italiano, através do Ministério da Economia e Finanças, emitiu esta terça-feira um comunicado em que destaca que o imposto terá um carácter “especial e temporal” e um efeito limitado já que não poderá superar 0,1% dos ativos totais dos credores.
A taxa, limitada aos resultados referentes aos anos de 2022 e 2023, tem como objetivo, de acordo com o Governo, que a receita que irá arrecadar possa ser diretamente canalizada para apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos. O Bank of America estima que o novo imposto lançado por Giorgia Meloni em Itália irá afetar os lucros dos bancos italianos em 2023 numa percentagem compreendida entre 2% a 9%.
A reação ao amenizar desta medida foi bem recebida nos mercados com os índices a recuperarem uma parte das perdas depois dos péssimos resultados de terça-feira.
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