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IVA zero termina: Cabaz de produtos essenciais encarece sete euros

“A transição do IVA Zero para a taxa regular de 6% resultou num aumento imediato, e significativo, mas é crucial observar como é que a economia vai reagir nos próximos meses”, alertou Paulo Pimenta, CEO e co-fundador do KuantoKusta.
5 Janeiro 2024, 16h16

Com o fim do IVA ZERO em Portugal, os preços nas prateleiras já refletem o regresso da taxa de IVA a 6% nos produtos alimentares essenciais, resultando num aumento médio de 5,37% nos preços que estavam abrangidos pela medida, segundo uma análise do KuantoKusta.

Ao comparar os preços a 29 de dezembro dos produtos sujeitos ao programa IVA zero com os preços praticados hoje, o KuantoKusta apontou que o “valor do cabaz, que inclui 46 produtos, totalizava 136,45 euros há exatamente uma semana e, hoje, os mesmos produtos custam 143,77 euros aos consumidores portugueses, mais 7,32 euros”.

“A transição do IVA Zero para a taxa regular de 6% resultou num aumento imediato, e significativo, mas é crucial observar como é que a economia vai reagir nos próximos meses. Os consumidores devem estar ainda mais atentos às mudanças nos preços”, alertou Paulo Pimenta, CEO e co-fundador do KuantoKusta.

O KuantoKusta frisou que “alguns artigos já subiram acima do regresso da taxa do IVA de 6%, como o esparguete, de 0,83 euros para 0,91 euros (+9,64%); a manteiga, de 2,07 euros para 2,22 euros (+7%); a courgete, de 2,29 euros para 2,46 euros (+7,42%); o óleo alimentar, de 1,92 euros para 2,16 euros (+12,92%); e a dourada, de 4,99 euros/kg para 6,34 euros/kg (+27,05%)”.

Além do aumento já registado, o comparador de preços “teme que a escalada de preços que se tem verificado em alguns setores se mantenha. Um dos casos mais flagrantes para os consumidores portugueses é o do azeite. Uma garrafa de de 75cl já custa, em média, 8,60€, quase o dobro do preço praticado há um ano”.

“À medida que os consumidores se adaptam a esta nova realidade de preços mais altos, resta esperar para ver como é que as autoridades e o mercado responderão a esta transição”, rematou Paulo Pimenta.

 

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