55%. É esta a percentagem de internautas portugueses que, segundo dados do Eurobarómetro, revelam desconhecer os riscos associados à navegação online. Esta é uma percentagem significativa que nos relembra da necessidade de um maior esclarecimento sobre a realidade online. Escrevemos hoje sobre este tema por altura do Dia da Internet Mais Segura, para esclarecer os leitores da importância de conhecerem e adotarem medidas de proteção ativas quando navegam na internet para protegerem os seus dispositivos, contas e dados pessoais.

Se em 1997 apenas 6,3% da população portuguesa utilizava a internet, em 2017 o número ascende a 67% de toda a população nacional. São 5,7 milhões de utilizadores conectados diariamente a uma rede que continua a fazer as maravilhas dos seus utilizadores.

Podemos ser cada vez mais, mas não estamos necessariamente mais informados sobre os riscos associados à navegação online. O Eurobarómetro dá-nos conta de um outro dado bastante revelador da relativa (in)segurança dos internautas: cerca de 25% dos utilizadores de internet na União Europeia já tiveram problemas com questões de segurança no mundo digital, tais como os comuns vírus que diminuem a performance dos dispositivos e a violação da privacidade de dados individuais.

Há de facto uma necessidade informativa muito grande por parte dos utilizadores, mas existe sobretudo uma necessidade de intervenção pedagógica junto dos mesmos, principalmente junto dos utilizadores menos proficientes no uso desta ferramenta. Não podemos, contudo, insistir em intervenções puramente teóricas – é preciso trabalhar junto dos utilizadores e apresentar soluções práticas para melhorar a segurança de utilização de ferramentas digitais.

Na DECO PROTESTE preocupamo-nos com a criação de medidas de acompanhamento e aconselhamento, e foi por este motivo que decidimos desenvolver o projeto NET VIVA E SEGURA em parceria com a Google Portugal.

Esta iniciativa, de âmbito nacional, tem por objetivo promover uma maior segurança na internet e sensibilizar para a importância de proteger a privacidade do utilizador na rede. Neste contexto, criámos também as Net Talks que procuram promover o debate e a reflexão sobre segurança online entre as camadas mais jovens, captando a atenção para o tema através de um envolvimento direto da comunidade escolar.

É um primeiro passo para uma maior literacia digital, mas também um passo importante no envolvimento de todos nas questões de proteção e segurança online. Se hoje falamos em cibersegurança é porque alguns elementos-chave ainda estavam em falta num debate que levantou o véu sobre várias questões relacionadas com a economia de dados e a internet das coisas, mas que ainda não esclareceu por completo o utilizador quanto à necessidade de se proteger no mundo digital. Somos novos consumidores de informação? Claro que sim, e com novos direitos e deveres.

Para sugestões sobre navegação segura, visite a plataforma NET VIVA E SEGURA aqui.