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Jair Bolsonaro garante que “juiz de garantia” não é ataque à Lava Jato

A figura do juiz de garantia está prevista no projeto anticrime, aprovado pelo Congresso Nacional do Brasil e sancionado pelo presidente na semana passada. 
5 Janeiro 2020, 15h53

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou este sábado, numa mensagem na rede social Facebook, que o instrumento do juiz de garantia não representa qualquer ataque à Operação Lava Jato. A figura do juiz de garantia está prevista no projeto anticrime, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente na semana passada.

Pela nova lei, o magistrado responsável pela condução do processo (juiz de garantias) não vai proferir a sentença do caso.

“O juiz de garantias, apesar das críticas que recebeu, não é nenhum ataque à Lava Jato. Vai demorar anos para ser colocado em prática. [O instrumento] já existe no Brasil, que são as centrais de inquérito. A própria Lava Jato não teve só o [Sergio] Moro que trabalhou. […] Foram vários outros juízes do lado dele”, disse Jair Bolsonaro.

O presidente também falou sobre o Fundo Eleitoral, outro tema que gerou críticas nas redes sociais. Segundo Bolsonaro, se o Parlamento tivesse aprovado um fundo de 3,8 mil milhões de reais (o equivalente a 836 milhões de euros) no Orçamento de 2020 teria como vetar, pois feriria o interesse público.

Em dezembro, o Congresso aprovou o Orçamento para 2020 com a previsão de 2 mil milhões de reais (440 milhões de euros) para o Fundo Eleitoral. O texto seguiu para análise do presidente da República, a quem cabe sancioná-lo ou vetá-lo.

“Posso vetar o orçamento da Educação? Não posso, porque está na lei, a mesma coisa da Saúde e a mesma coisa do Fundão, é [uma] lei de 2017. Se eu vetar incorre em crime de responsabilidade. Estou atentando contra a lei, corro o risco de impeachment. E qualquer um pode entrar com o pedido de impeachment”, explicou o presidente.

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