[weglot_switcher]

Cabo Verde “é um parceiro prioritário” de Portugal, diz Montenegro

Os dois governos assinaram, naquele que foi o segundo dia de trabalhos, 30 acordos referentes a instrumentos bilaterais entre os dois países.
29 Janeiro 2025, 07h00

O primeiro-ministro português afirmou esta terça-feira, no último dia da VII Cimeira Portugal – Cabo Verde, que o país africano “é um parceiro prioritário de Portugal”. Entre os destaques do dia está o alargamento do programa de conversão de dívida pública em investimento verde, acordado em 2023.

Os dois governos assinaram, naquele que foi o segundo dia de trabalhos, 30 acordos referentes a instrumentos bilaterais entre os dois países.

Entre os acordos está o alargamento do programa de conversão de dívida pública em investimento verde, através do Fundo Climático e Ambiental de Cabo Verde. O montante irá triplicar dos 12,5 milhões de euros iniciais para 42,5 milhões de euros até 2030.

Sobre a troca de dívida por investimentos climáticos em Cabo Verde, este também vai incidir em projetos relacionados com água. “Está a correr muito bem a decisão dos governos de alargar este processo, com a reconversão da dívida até 2030, com uma dotação de 42,5 milhões de euros que vão ser destinados a projetos de energias renováveis relacionadas com a água”, explicou Maria da Graça Carvalho, durante o Fórum Económico Portugal-Cabo Verde, que decorreu à margem da cimeira.

Aludindo a uma “cimeira histórica”, o primeiro-ministro português apontou para o “conjunto de instrumentos que, de forma muito ampla e transversal, são a base para, nos próximos anos, os dois países poderem dar cumprimento a praticamente todas as áreas da nossa responsabilidade. É uma convergência múltipla que começa no nosso relacionamento bilateral, que passa pela nossa cooperação ao nível das organizações internacionais, desde logo, da CPLP, mas também das Nações Unidas e muito especialmente na relação estratégia preferencial e próxima que Cabo Verde tem com a União Europeia (UE) e também na Aliança Atlântica”.

“Juntos pelo futuro, pelo aprofundamento da nossa relação de fraternidade e proximidade, seja ao nível dos Governo, seja ao nível dos povos português e cabo-verdiano”, assinalou o primeiro-ministro na conferência de imprensa após a cerimónia de assinatura das várias dezenas de acordos, na qual estiveram presentes representantes das várias tutelas.

Luís Montenegro destacou, ainda, o reforço da aposta na formação através de Centros de Excelência de Formação Profissional em Cabo Verde.

Do lado de Cabo Verde, o primeiro-ministro apontou para a formação profissional de quem quer emigrar como “o instrumento mais adequado” para regular as migrações e protegê-las de situações de exploração.

“É uma área em que estamos a apostar forte e Portugal tem sido um bom parceiro”, afirmou Ulisses Correia e Silva, identificando um “salto significativo” dado na cimeira, com o estabelecimento de um financiamento de seis milhões de euros.

Com o lema «Portugal-Cabo Verde: Juntos», a cimeira decorreu nos dias 17 e 18 de janeiro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.