Alemanha e Reino Unido desanimam investidores. Lagarde marca início da semana
As bolsas registaram uma sessão de sentimento misto a encerrar a semana passada, com as principais praças europeias a verem o ânimo das primeiras horas desvanecer ao longo do dia. Os mercados ficaram penalizados pelos maus dados macro na Alemanha e no Reino Unido.
Em Lisboa, o índice PSI contraiu 0,11% e ficou-se pelos 6.354 pontos, arrastado para terreno negativo pelo grupo EDP. Isto porque a EDP Renováveis caiu 2,82%, até aos 9,81 euros por ação, ao passo que a empresa-mãe derrapou 1,92% e ficou-se pelos 3,171 euros.
No ‘verde’, a Mota-Engil adiantou-se 1,51% e os títulos alcançaram os 2,82 euros, enquanto o BCP somou 1,16%, para 0,4458 euros.
Olhando às bolsas europeias de maior peso, o sentimento não foi muito diferente e coincidiu com uma descida mais expressiva do que se esperava nas exportações da Alemanha em outubro e uma contração de 0,6% na produção industrial britânica, que vai contra as expetativas que existiam.
Entre os índices de referência, houve perdas de 0,17% na Alemanha, 0,15% em França, 0,14% no Reino Unido e 0,11% em Espanha. Itália fugiu à regra, com um ganho de 0,04%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 somou 0,04%.
Esta segunda-feira, destaque para o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde. Depois de aquela instituição cortar as taxas de juro de referência em 25 pontos base na passada quinta-feira, a responsável esclareceu que “os riscos para a inflação são agora claramente balanceados”, mas não deixou espaço para euforias. Na manhã desta segunda-feira, Lagarde vai voltar a falar e poderá levantar o véu sobre eventuais novos cortes em 2025.
Em termos macro, vão ser conhecidos o Índice PMI Industrial e dos Serviços em dezembro na zona euro, no mesmo dia em que as duas economias mais fortes da moeda única (Alemanha e França) divulgam o mesmo indicador. Os mesmos índices vão ser conhecidos também no Reino Unido e nos EUA.
