“Se o Estado paga o banco, deve gerir o banco”, argumentou Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, ao intervir no debate quinzenal com o primeiro-ministro, esta tarde, na Assembleia da República. O deputado comunista referia-se ao Novo Banco e lembrou os alertas do PCP, na altura da venda do banco ao fundo norte-americano Lone Star, quando defendeu que a melhor opção seria a nacionalização.
Nesse sentido, Jerónimo de Sousa questionou diretamente António Costa: “Não é tempo de parar com este processo e integrar o banco na esfera pública?”
Na resposta, o primeiro-ministro voltou a defender a opção pela venda do Novo Banco, salientando que a nacionalização ou liquidação teriam resultado em maiores encargos para o Estado. Na perspetiva de Costa, os empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução comportam “um risco menor do que qualquer outra solução”.
A garantia de Costa parece não ter convencido o líder do PCP que, em declaração posterior, lamentou: “No meio de tudo isto, quem se vai safar é a Lone Star que tem o seu futuro garantido”.
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