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Jerónimo Martins fecha o ano com vendas líquidas de 33,5 mil milhões a subirem 9,3%

A Jerónimo Martins SGPS anunciou as “Vendas Preliminares de 2024”. Assim, as vendas líquidas em 2024 ascenderam a 33,5 mil milhões, mais 9,3% que no ano anterior. Sem contar com os efeitos cambiais as vendas subiram 4,9% e Like for Like a subida é de 0,6%
3 – Jerónimo Martins
14 Janeiro 2025, 18h42

A Jerónimo Martins SGPS anunciou as “Vendas Preliminares de 2024”. Assim, as vendas líquidas em 2024 ascenderam a 33,5 mil milhões, mais 9,3% que no ano anterior. Sem contar com os efeitos cambiais as vendas subiram 4,9% e Like for Like a subida é de 0,6%.

No quarto trimestre as vendas líquidas somaram 8,7 mil milhões a crescerem 6,7%, tendo-se o a subida LFL sido de 1,5%.

A comparação “like for like” significa que foi utilizada a mesma base para comparar, ou seja sem  contar com as vendas em novas lojas.

O CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, no comunicado, refere que “antecipámos um ano de 2024 difícil, conscientes que a queda da inflação alimentar, acompanhada por uma elevada inflação nos custos, levaria à intensificação da concorrência nos mercados em que operamos e a uma maior pressão sobre o negócio”.

“Num contexto em que o consumidor permaneceu cauteloso, todas as nossas insígnias investiram no reforço do seu posicionamento de preço, oferecendo as melhores oportunidades de poupança, e, em simultâneo, na melhoria do seu sortido, na experiência global de compra e na expansão da sua presença nos respetivos mercados (com um total de 386 aberturas e 366 remodelações no ano)”, acrescenta o presidente da retalhista.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere que “em contextos particularmente desafiantes, todas as insígnias do Grupo mantiveram o foco na liderança de preço, assegurando, uma vez mais, a preferência dos consumidores e fortalecendo as respetivas posições de mercado”.

A marca que mais subiu as vendas em 2024 foi a Hebe (+24,2% para 583 milhões); seguida da Ara que viu as vendas subirem 17% para 2.850 milhões de euros.

A Hebe é uma cadeia especializada em saúde e beleza que registou 36 aberturas de lojas no mercado polaco (33 adições líquidas), a que acresceram, no final do ano, a abertura de duas lojas-bandeira na Eslováquia e uma outra na República Checa.

A Biedronka na Polónia continua a ser a retalhista do grupo que mais vende ao atingir em 2024 vendas líquidas de 23.570 milhões, mais 9,6%. “No ano, as vendas em moeda local cresceram 4,1%, com um LFL de -0,3%. Em euros, as vendas atingiram os 23,6 mil milhões, mais 9,6% do que em 2023″, refere o grupo.

Em Portugal o Pingo Doce registou vendas líquidas de 5.073 milhões, o que traduz uma subida de 4,5% face a 2023; e o Recheio teve vendas de 1.357 milhões, mais 1,9% face a 2023.

“Com uma proposta de valor reforçada, o Pingo Doce registou um bom desempenho, com as vendas a crescerem 4,5% para os 5,1 mil milhões de euros, e um LFL de 4% (excluindo combustível)”, revela o grupo.

No 4ºtrimestre as vendas subiram 4%, totalizando 1,4 mil milhões de euros e incluindo um LFL
de 2,9% (excluindo combustível).

“O sólido crescimento dos volumes registado ao longo do ano contribuiu, de forma relevante, para o desempenho global da insígnia, que operou com ligeira deflação no cabaz”, acrescenta a Jerónimo Martins.

Em conjunto com a execução do plano de remodelações que abrangeu 64 lojas, o Pingo Doce abriu 10 novas localizações e encerrou três.

Sobre o Recheio, o grupo diz que “apesar do desempenho do canal HoReCa ter refletido alguma contração no consumo interno em out-of-home, o Recheio reforçou o investimento e protegeu sua posição no mercado. As vendas cresceram 1,9% para 1,4 mil milhões de euros, com um LFL de 2,1%”.

No 4º trimestre, as vendas aumentaram 2,3% para 336 milhões de euros, com o LFL a cifrar-
se nos 2,5%.

Por fim a Ara (cadeia na Comlômbia), o grupo diz que avançou na execução do seu programa de
expansão, reforçando a presença no mercado com 150 novas lojas. “A insígnia executou com sucesso o seu programa de expansão, fechando o ano com um parque de 1.438 localizações”, refere a nota.

No ano, em moeda local, as vendas cresceram 11,1%, com um LFL de 0,2%. Em euros, as vendas atingiram 2,9 mil milhões, 17% acima de 2023.

No 4º trimestre as vendas aumentaram 5,6% para 724 milhões de euros. Em moeda local, as
vendas cresceram 11,9%, com um LFL de 2,6%. 

As vendas LFL referem-se às lojas e plataformas de e-commerce que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos. “Excluem-se as lojas que abriram ou encerraram num dos dois períodos”, explica o grupo. As vendas das lojas que sofreram remodelações profundas excluem-se durante o período da remodelação (encerramento da loja).

Pedro Soares dos Santos destaca as equipas que “trabalharam com uma determinação extraordinária para proteger a base de clientes e crescer volumes, ultrapassando com êxito o enorme desafio de somar mais um ano de desempenho acima do dos respetivos mercados”.

O CEO do grupo faz antevisão de 2025. “Neste arranque de 2025, face a um ambiente que permanecerá turbulento e incerto, pelo menos na primeira metade do ano, prevemos que o comportamento do consumidor continue a pautar-se por prudência e contenção, e que a dinâmica concorrencial dos mercados se mantenha sob elevada pressão”.

“Estamos, por isso, preparados para prosseguir o nosso trabalho com disciplina e eficiência, no sentido de garantir a competitividade de preço que fortalece as nossas posições de mercado, e de nunca desapontar os clientes que escolhem as nossas lojas e confiam nas nossas propostas de valor”, conclui.

 

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