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Jerónimo Martins inicia ano de desafios com sinais de retoma

A retalhista entrou em 2019 com o pé direito, após um ano de quedas na bolsa. O abrandar da economia e a ameaça da Mercadona são os obstáculos.
23 Janeiro 2019, 09h00

Um ano e três dias, foi este o intervalo entre as últimas duas maiores valorizações diárias das ações da Jerónimo Martins (JM). Pelo meio, um período de quedas quase contínuas que levaram o título da retalhista a perder 37,6%.

Na passada terça-feira, dia 15, as ações da empresa dispararam 8,99% para 11,76 euros cada. Na véspera, a JM tinha divulgado as vendas preliminares de 2018, com um crescimento total de 6,5%, para 17.337 milhões de euros, a resultar de ganhos em todas as geografias e modelos de negócio.

“Os investidores recompensaram a JM por ter excedido as expetativas,” explicou Nishant Chou­dhary, da Alphavalue, empresa francesa de equity research. O analista salientou que enquanto a Biedronka, rede da JM que lidera o retalho alimentar na Polónia, aumentou as vendas em 5,6%, em Portugal, o Pingo Doce e o Recheio também demonstraram forte momentum, com subidas de 4,6% e 4%, respetivamente, com todas as operações, incluindo os supermercados Ara na Colômbia e as parafarmácias Hebe na Polónia, a conquistarem ganhos de quota.

A 12 de janeiro de 2018, as ações da JM tinham disparado 4,40%, também impulsionadas pelos números da vendas do ano anterior. O que é que castigou tanto o título entre as duas valorizações? Chou­dhary sublinhou que a causa principal foram os receios sobre a desaceleração do crescimento das vendas like-for-like (ou seja, comparando a mesma base de lojas sem contar as aberturas), na Polónia, provocados pela proibição do comércio aos domingos e que reduziu em 21 o número de dias de vendas no ano.

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