O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou este sábado, 29 de abril, em conferência de imprensa, que o seu Ministério nunca teve qualquer intenção de ocultar informação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP.
“Nego categoricamente”, declarou, adiantando que as notas foram entregues pelo seu Gabinete à CPI, quase no final do segundo prazo, porque só nessa altura o seu Adjunto, Francisco Pinheiro as entregou ao Gabinete.
“As notas efetivamente foram entregues e foram entregues pelo meu Gabinete. Não foram classificadas, foram disponibilizadas ao Parlamento e à CPI nos termos em que foram pedidas e nos exatos termos em que foram entregues por Frederico Pinheiro e imediatamente depois de terem sido entregues. E só foram entregues quase no final do segundo prazo, porque só foram entregues, nesse momento, por Frederico Pinheiro e nós temos a demonstração ao longo do período em que foram feitas insistências, temos testemunhas”, contou João Galamba. Quatro testemunhas, precisou.
Segundo o ministro, as “evidências demonstram que o Ministério nunca quis ocultar a existência de quaisquer notas à CPI , antes pelo contrário”, uma vez que “pediu a prorrogação do prazo, precisamente para que fosse possível enviá-las.
“Acrescento que a prova de que essas acusações são falsas e contraditórias é o facto de toda a informação recolhida ter sido enviada graças à insistência do meu Gabinete junto do Dr. Frederico Pinheiro, o que pode facilmente ser comprovado por múltiplas mensagens e pelos testemunhos de quem presenciou este infeliz episódio”.
“Não há duas versões contraditórias”, salientou João Galamba, acrescentando: há factos e a existência de testemunhas.
O ministro explicou a fita do tempo dos acontecimentos contraditórios entre os quais a reunião da ex-CEO da TAP que antecedeu a ida da gestora à CPI e o desaguisado que levou a PSP ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, bem como o envolvimento da Polícia Judiciária e do SIS (Sistema de Informações e Segurança) no processo.
“O adjunto apoderou-se de um computador de serviço com informação classificada. Foi chamada a PSP e dado o alerta aos serviços de informação, como devia ter sido feito e foi feito”, explicou.
Questionado pelos jornalistas, João Galamba adiantou que a decisão de manter-se no Governo depende sempre obviamente da avaliação do próprio e da vontade do primeiro-ministro. Mas, adiantou: “por todas as razões que aqui foram detalhadas eu entendo que tenho todas as condições para participar neste Governo. Estou aqui de facto como ministro das Infraestruturas deste Governo. É nessa qualidade que aqui estou e é nessa qualidade que estou a responder”.
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