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João Lourenço convida presidentes cubanos para celebrações dos 50 anos da independência de Angola

As cartas-convite foram entregues na quinta-feira, em Havana, pelo embaixador de Angola em Cuba, Carlos Cruz de Lemos Sardinha Dias, ao ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, durante um encontro em que as partes destacaram o “excelente estado das relações bilaterais”.
Angolan President Joao Lourenco poses for a photo on the day of a meeting with U.S. Secretary of State Antony Blinken at the Presidential Palace in Luanda, Angola, January 25, 2024. Andrew Caballero-Reynolds/Pool via REUTERS/File Photo
13 Junho 2025, 19h19

O Presidente angolano, João Lourenço, convidou o atual e o antigo Chefes de Estado de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez e Raúl Castro Ruz, para participarem nas celebrações do 50.º aniversário da independência de Angola, que se assinala em novembro.

As cartas-convite foram entregues na quinta-feira, em Havana, pelo embaixador de Angola em Cuba, Carlos Cruz de Lemos Sardinha Dias, ao ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, durante um encontro em que as partes destacaram o “excelente estado das relações bilaterais”.

Segundo nota oficial, o chefe da diplomacia cubana sublinhou o “valor histórico e estratégico” que Cuba atribui à sua relação com Angola, iniciada desde os tempos da escravatura e consolidada com o apoio cubano à luta de libertação nacional e à defesa da soberania angolana durante o conflito armado.

No encontro diplomático, Angola agradeceu o contínuo apoio de Cuba, especialmente nas áreas da saúde, educação, construção, desporto e transportes, e renovou o compromisso de apoiar Havana nas instâncias internacionais, nomeadamente na oposição ao embargo imposto pelos Estados Unidos.

No âmbito das comemorações da independência, o Presidente João Lourenço distinguiu recentemente o general cubano Leopoldo Cintra Frías (“Polo”) com a medalha do 50.º aniversário da independência nacional, na classe “Independência”, reconhecendo o seu papel na defesa da soberania de Angola.

O general Rafael Moracén Limonta foi o primeiro cidadão cubano a ser homenageado com esta distinção, a título póstumo, com a medalha “Paz e Desenvolvimento”.

Cuba desempenhou um papel central durante a guerra civil angolana, enviando milhares de soldados para apoiar o governo do MPLA na luta contra a UNITA e a FNLA, movimentos apoiados também por potências estrangeiras.

Segundo a National Network on Cuba, terão sido enviados para Angola, entre 1975 e 1991, cerca de 350 mil militares e civis no âmbito da operação internacional conhecida como “Operação Carlota”.

Os militares cubanos apoiaram o governo do MPLA, em momentos decisivos da guerra civil, incluindo a batalha de Cuito Cuanavale, considerada um ponto de viragem na geopolítica da África Austral.

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