O presidente norte-americano eleito, Joe Biden, faz esta sexta-feira, 20 de novembro, 78 anos – exatamente dois meses antes de, em princípio, assumir oficialmente o cargo para que foi eleito em 3 de novembro. Nesse dia, Biden será chamado a jurar a Constituição e a demonstrar que a idade é apenas um número.
Biden será empossado como o presidente mais velho da história do país, substituindo Ronald Reagan, que deixou a Casa Branca em 1989 quando tinha 77 anos e 349 dias. A idade e a saúde de Biden e mesmo do presidente Donald Trump – que tem menos quatro anos – pairaram sobre a campanha eleitoral como um estigma que não largou nenhum dos dois. Eles próprios trataram de não deixar esquecer o assunto – uma vez que a ele voltavam repetidamente, ora para se dizerem capazes de todas as façanhas físicas, ora para deixarem claro que o adversário delas estaria completamente impossibilitado.
Esta disputa geriátrica passou ao longo de toda a campanha, sendo por um lado um tema importante e, por outro, colocando uma dose adicional de pressão sobre os candidatos à vice-presidência.
Ao longo da campanha, Trump não perdeu qualquer hipótese de destacar as gafes de Joe Biden e argumentar que o democrata carecia de acuidade mental para liderar o país. Tanto os críticos como alguns apoiantes de Biden tentaram defender o candidato dessas evidências – o que acabou por ser fundamental quando o primeiro debate entre ambos correu da forma que nunca mais nenhum norte-americano vai esquecer.
Alguns dos rivais de Biden nas primárias democratas também levantaram a questão de se perceber se alguém da geração de Biden e de Trump seria a pessoa certa para liderar uma nação que lida com questões como as mudança climática e a desigualdade racial. A resposta era ‘não’, mas o facto é que os dois ‘velhinhos’ acabaram por comparecer perante os norte-americanos e um deles foi escolhido para presidente.
Para desgraça do aniversariante, essa escolha resvalou para um chicana política que não só não tem um fim à vista, como ameaça ensombrar pelo menos o início da presidência de Joe Biden – que esta quinta-feira pôde assistir a uma conferência de imprensa considera patética, protagonizada pela equipa de Trump, onde foram reforçadas as resistências à aceitação dos resultado.
A questão da idade esteve de tal ordem na frente de campanha que o médico pessoal de Biden, Kevin O’Connor, divulgou um relatório em dezembro, já em campanha com vista às eleições, em que descrevia o candidato como “saudável, vigoroso… apto para executar com sucesso as funções da presidência, incluindo aquelas como chefe do executivo, chefe de Estado e comandante militar em chefe”. E explicou que Biden treina cinco dias por semana.
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