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Jornal “Expresso” vai investigar divulgação de conversa privada com António Costa

O semanário vai abrir uma investigação à divulgação da gravação de um vídeo de uma conversa em off com o primeiro-ministro sobre a resposta dos médicos à pandemia, cujas declarações diz estarem descontextualizadas.
23 Agosto 2020, 13h29

O semanário “Expresso” vai investigar a divulgação de uma conversa privada com o primeiro-ministro, António Costa, que circula nas redes sociais e publicada no canal do youtube do partido Chega!.

Em causa estão sete segundos de um vídeo, após a conclusão da entrevista que o Chefe do Executivo deu ao semanário, publicada no sábado, em off, na qual diz que “o Presidente da ARS mandou para lá os médicos fazerem o que lhes competia. E os gajos cobardes não fizeram”.

O “Expresso” já se demarcou da divulgação ilegal da gravação, cujo conteúdo diz estar descontextualizado. “Uma gravação amadora de um ecrã de computador, que reproduz uma recolha de imagens de uma conversa off the record, privada, do primeiro-ministro com jornalistas do Expresso, foi divulgada nas redes sociais sem autorização e conhecimento deste jornal”, refere a direção do semanário, na nota publicada este domingo.

“O Expresso repudia absolutamente esta divulgação, pela qual não tem responsabilidade”, acrescenta, salientando que “os sete segundos do vídeo ilegal descontextualizam quer a entrevista, quer a conversa que o primeiro-ministro teve com o Expresso”.

A direção do semanário diz ainda que irá desencadear, “de imediato, os procedimentos internos e externos para apurar o que aconteceu e os responsáveis pelo sucedido” e “sendo esta gravação amadora ilegal, o Expresso reserva-se ao direito de desencadear também os imprescindíveis mecanismos jurídicos para processar os responsáveis pela sua difusão”.

“Tratando-se de uma conversa já fora do âmbito da entrevista, e apesar de a sua divulgação ter fugido ao controlo do jornal, a direcção do Expresso lamenta profundamente o ocorrido e pede, consequentemente, as devidas desculpas ao primeiro-ministro pela quebra de confiança, ainda que involuntária”, acrescenta.

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