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Jovens estudam mais, mas prémio salarial continua a cair

Este prémio salarial é conquistado por todos os trabalhadores de todas as gerações – desde 1920 até 1999 – que tenham um maior grau de escolaridade. Ainda assim, e numa análise geracional, o prémio tem sido reduzido com a passagem do tempo, sendo menor para as gerações mais recentes. 
20 Outubro 2021, 09h17

O mercado de trabalho pode não estar a aproveitar as melhorias das qualificações da população portuguesa, sendo o trabalhador português mais jovem o mais afetado devido à redução do prémio salarial, revela o “Público” citando um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian.

Este prémio salarial é conquistado por todos os trabalhadores de todas as gerações – desde 1920 até 1999 – que tenham um maior grau de escolaridade. Ainda assim, e numa análise geracional, o prémio tem sido reduzido com a passagem do tempo, sendo menor para as gerações mais recentes.

“O contributo da escolaridade para a melhoria dos rendimentos individuais do trabalho é muito mais significativo para os trabalhadores das gerações mais antigas do que para aqueles nascidos nas últimas décadas, nomeadamente nos anos 80 e 90”, descreve o estudo realizado por Pedro Martins, professor da Nova SBE e ex-secretário de Estado do Trabalho.

Numa análise mais detalha, o estudo mostra que o prémio salarial da educação ascende a 9,1% para a geração nascida em 1950, enquanto para a geração nascida na década de 1990 não ultrapassa os 4,8%. O autor do estudo notou que o facto da população estar a estudar mais representa um efeito para os dados, mas que o atual modelo de crescimento económico se basear em sectores de atividade que valorizam pouco a escolaridade dos trabalhadores também é um efeito a ter em conta.

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