Juan Guaidó o autoproclamado presidente interino da Venezuela, reconhecido por 50 países, anunciou este domingo que vai pedir aos deputados venezuelanos para decretarem o ‘estado de emergência’ no país devido ao apagão que perdura desde a última quinta-feira, revela a agência “Reuters” esta segunda-feira.
“Vamos pedir ao Parlamento (que decrete o estado emergência), devemos comparecer imediatamente”, referiu Juan Guaidó, em conferência de imprensa. O líder da oposição afirmou ainda que tem mantido “conversas” com uma empresa alemã capaz de fornecer eletricidade e outros bens necessários para estabilizar o sistema.
A maioria da Venezuela permanece sem eletricidade desde quinta-feira, após uma falha na central hidroelétrica de Guri, a maior do país e que fornece cerca de 70% do território. Nicolás Maduro veio através da sua conta oficial da rede social Twitter assumir que esta instalação recebeu um “ataque cibernético” dos Estados Unidos, um país que geralmente é responsável pelos problemas sofridos pela Venezuela.
El Sistema Eléctrico Nacional ha sido objeto de múltiples ataques cibernéticos que ocasionaron su caída y han impedido los intentos de reconexión nacional. Sin embargo, hacemos grandes esfuerzos para, en las próximas horas, restaurar el suministro de forma estable y definitiva. pic.twitter.com/C1dJGuWxSD
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) March 10, 2019
Contudo, Guaidó refutou estas acusações salientando que o ‘apagão’ não foi causado por sabotagem e apontando para o desinvestimento e má gestão como as causas reais da queda prolongada experimentada pelo serviço elétrico.
Juan Guaidó apelou também às Forças Armadas para que virem as costas a Nicólas Maduro e não reprimissem a população que se manifesta em diversas áreas do país para exigir o fim da crise. Os cortes de energia elétrica são constantes na Venezuela, um país que sofre uma crise, apesar de ter a maior reserva de petróleo do planeta.
Entretanto a população vai fazendo filas para comprar água e combustível, ao mesmo tempo que o ‘apagão’ tem vindo a deixar os alimentos já escassos apodrecerem nas lojas, e nas habitações. O Governo suspendeu no domingo as atividades escolares e de comércio para esta segunda-feira, sem dar qualquer informação sobre um prazo provável para resolver a situação.
A pior queda de energia do país ocorre quando Nicólas Maduro enfrenta um colapso económico e uma crise política sem precedentes. Em janeiro, o líder da oposição Juan Guaidó invocou a constituição para assumir a presidência depois de consideguaidorar a reeleição de Nicólas Maduro em 2018 como uma fraude.
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