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Kaspersky contribui para operação da INTERPOL que desmantela redes criminosas em África

Esta ação, denominada “Red Card”, que envolveu sete países africanos (Benim, Costa do Marfim, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Togo e Zâmbia), focou em crimes relacionados com banca móvel, investimentos e esquemas fraudulentos de aplicações de mensagens.
14 Abril 2025, 18h05

A Kaspersky desempenhou um papel crucial na operação “Red Card”, liderada pela INTERPOL, que visou desmantelar redes criminosas transfronteiriças na África, resultando na detenção de 306 indivíduos suspeitos de cibercrimes e na apreensão de 1842 dispositivos.

Esta ação, que envolveu sete países africanos, focou em crimes relacionados com banca móvel, investimentos e esquemas fraudulentos de aplicações de mensagens.

A operação foi precedida por uma troca de dados de threat intelligence, enriquecida pela INTERPOL e pela Kaspersky, que partilhou resultados de uma análise de uma aplicação Android maliciosa direcionada a utilizadores africanos. Realizada de novembro de 2024 a fevereiro de 2025, a operação integrou a ‘Operação Conjunta Africana contra o Cibercrime’ (AFJOC) da INTERPOL, envolvendo autoridades de Benim, Costa do Marfim, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Togo e Zâmbia.

Os casos de cibercriminalidade identificados na operação “Red Card” resultaram em mais de 5.000 vítimas. Na Nigéria, a polícia prendeu 130 pessoas, incluindo 113 estrangeiros, por fraudes cibernéticas. Na Zâmbia, foram detidos 14 suspeitos que pirateavam telemóveis através de mensagens com hiperligações maliciosas. Em Ruanda, 45 membros de uma rede criminosa foram detidos por esquemas de engenharia social que defraudaram vítimas em mais de 305.000 dólares. Na África do Sul, 40 indivíduos foram detidos, e mais de 1.000 cartões SIM e computadores foram apreendidos num esquema de fraude.

Neal Jetton, diretor da direção da cibercriminalidade da INTERPOL, afirmou que o sucesso da operação evidencia a importância da cooperação internacional no combate ao cibercrime. Yuliya Shlychkova, da Kaspersky, destacou que a operação “Red Card” é um exemplo de como a colaboração entre empresas privadas e forças da lei pode fortalecer a ciber-resiliência na região.

A Kaspersky relembra, em comunicado, que tem um histórico de colaboração com a INTERPOL e tem apoiado iniciativas para promover um ambiente ciberseguro em África.

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