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Kim Jong-Un dá “até ao fim do ano” aos EUA para se tornarem mais flexíveis nas negociações

O líder norte-coreano afirmou que o colapso nas negociações com os Estados Unidos aumentou os riscos de reacender as tensões entre os dois países.
13 Abril 2019, 15h41

Kim Jong-Un vai esperar “até ao final deste ano” para os Estados Unidos decidirem ser mais flexíveis nas negociações com a Coreia do Norte, informou o canal estatal norte-coreano “KCNA” este sábado.

“É essencial que os EUA abandonem o seu atual método de cálculo e nos abordem com um novo”, afirmou Kim Jong-Un num discurso na Assembleia Suprema do Povo na sexta-feira. Donald Trump e Kim Jong-Un, já se encontraram duas vezes, em Hanói, em fevereiro, e Singapura, em junho de 2018, mas não conseguiram chegar a um acordo para suspender as sanções em troca da retirada da Coreia do Norte dos seus programas nucleares e mísseis.

Trump escreveu este sábado no seu Twitter que “uma terceira cimeira seria boa, pois entendemos perfeitamente onde cada um está”, dizendo estar “ansioso pelo dia, que pode ser em breve, quando as armas nucleares e sanções puderem ser removidas, e ver a Coreia do Norte tornar-se uma das nações mais bem sucedidas do mundo!”

Já o líder da Coreia do Norte não parece estar muito otimista para a realização de uma nova cimeira. “Vamos esperar por uma decisão ousada dos EUA com paciência até ao final deste ano, mas acho que será definitivamente difícil ter uma oportunidade tão boa quanto a cimeira anterior”, referiu Kim Jong-Un, segundo a KCNA.

Kim Jong-Un sublinhou que os Estados Unidos “estão a aumentar ainda mais a hostilidade para connosco a cada dia, apesar da sua sugestão para resolver o problema através do diálogo. A atual política dos EUA de sanções e pressão é um ato tão tolo e perigoso quanto tentar apagar fogo com óleo”.

Ainda assim, o líder da Coreia do Norte assumiu que não hesitaria em assinar um acordo se isso for bom para ambos os países. Os Estados Unidos continuam a provocar a Coreia do Norte testando um sistema de mísseis balísticos e realizando exercícios militares com a Coreia do Sul, apesar do anúncio de Donald Trump de que os exercícios em grande escala tinham acabado.

Ainda assim, a Coreia do Norte diz estar comprometida em melhorar as relações com a Coreia do Sul e a unificação pacífica.

“Deixo claro mais uma vez que é minha firme determinação transformar os laços Norte-Sul em reconciliação e cooperação duradouras e de mãos dadas com as autoridades sul-coreanas e escrever uma nova história da nação pacífica” afirmou Kim Jong-Un.

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