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KLM e Electric Flying Connection testam avião eléctrico

A companhia aérea está a ver as formas como o voo elétrico pode ser incorporado em operações futuras. 
1 Setembro 2023, 13h49

A KLM Royal Dutch Airlines e a associação comercial Electric Flying Connection (EFC) realizaram voos em avião elétrico para testar autonomia e escalabilidade.

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Numa altura em que as preocupações ambientais e as emissões zero dominam a agenda internacional, a companhia aérea neerlandesa e a Electric Flying Connection (EFC) ofereceram a um grupo de convidados, no início desta semana, uma oportunidade única para experimentarem o futuro da aviação.

Os 18 convidados receberam uma aula experimental de voo elétrico a bordo de um Pipistrel Velis Electro, que foi supervisionada por instrutores da E-Flight Academy.

“Os 18 voos de formação, operados entre o Aeroporto de Lelystad e Schiphol-Oost durante dois dias, ofereceram à KLM uma visão única de todo o sistema de logística dos voos elétricos e respetivos desafios”, lê-se no comunicado.

“Para tornar o transporte aéreo mais sustentável, temos que testar novas tecnologias e inovações na prática. Aquilo que fazemos em pequena escala com os recursos que dispomos hoje, podem revelar-se importantes impulsionadores de escalabilidade para estas aplicações no futuro”, afirmou Jolanda Stevens, gestora do programa de Aviação com Emissões Zero da KLM.

Esta iniciativa partiu da Electric Flying Connection (EFC) em colaboração com instrutores da E-Flight Academy.

“Este evento único visa dar a todas as partes interessadas relevantes a oportunidade de experimentarem o voo elétrico e o que esta inovação pode significar para cada desses stakeholders em termos práticos. Estamos satisfeitos que a KLM tenha dado este passo connosco. Já temos planos para futuras edições deste evento em todo o Benelux [Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo]”, adiantou na nota Jurjen de Jong, presidente da EFC.

O Aeroporto de Amesterdão-Schiphol foi um ponto de partida lógico, já que é onde se encontra a base da KLM. Uma vez que o alcance do Pipistrel é limitado, as opções de destino possíveis incluíam apenas quatro aeroportos. “O Aeroporto de Lelystad foi escolhido por ser de fácil acesso, apresentar excelentes instalações para o recarregamento, pistas de primeira linha e um centro de controlo de tráfego aéreo em pleno funcionamento”, lê-se no comunicado.

A KLM diz que estabeleceu uma parceria com a EFC e a E-Flight Academy para adquirir mais conhecimento sobre os voos elétricos e verificar o impacto que esta tecnologia vai ter nas necessidades logísticas e de infraestrutura da KLM.

Para Jolanda Stevens, “O voo elétrico também vai afetar o manuseamento do voo. As aeronaves eléctricas têm de ser recarregadas, o que leva tempo, e teremos de cooperar com o Aeroporto de Amesterdão-Schiphol e o Controlo de Tráfego Aéreo dos Países Baixos para garantir que este modo de voo não só é seguro, como também é abastecido com o fornecimento de energia correcto. Este evento de dois dias permitiu-nos obter mais informações sobre estas matérias.”

O Pipistrel Velis Electro é o primeiro e o único avião elétrico certificado do mundo. A aeronave de dois lugares tem uma autonomia de voo de 50 minutos (além de 10 minutos de reserva). Segundo a companhia, isto significa que não terá qualquer papel no serviço da rede de destinos da KLM, mas a companhia aérea está a ver as formas como o voo elétrico pode ser incorporado em operações futuras.

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