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Konica Minolta tenciona resolver problemas à medida do cliente

A Konica Minolta inaugurou, em março, um centro de inovação em Lisboa, com o objetivo de dar apoio às inovações que os seus clientes mais precisam.
26 Maio 2018, 08h30

Vasco Falcão, diretor-geral da Konica Minolta em Portugal e Espanha, diz que é preciso ajudar as empresas a organizar o trabalho, até porque a tecnologia, em si mesma, não tem contribuído para o tão desejado aumento da produtividade. “Nos últimos dez anos, nos EUA, a produtividade não cresceu, apesar da tecnologia”, além disso, “uma grande percentagem de projetos digitais falha”, vinca o gestor em conversa com o Jornal Económico, na véspera da inauguração do centro de inovação de Lisboa.

Vasco Falcão explica que “one size doesn’t fit all” e que é necessário dar aos clientes a melhor solução, ajudá-los “a encontrar a forma adequada de organizar o trabalho, a estruturar dados físicos ou digitais”. O novo centro pretende, assim, ser uma mais-valia nos processos de transformação digital dos clientes.

O gestor defende que são os clientes que melhor sabem identificar o que pode ser otimizado nos seus próprios negócios, cabendo ao centro de inovação prestar serviços através da especialização de equipas multidisciplinares locais e internacionais com o objetivo de medir as necessidades de cada um e, assim, encontrar soluções reais para aumentar a produtividade.

Quando se procura fazer uma transformação ao nível dos processos de gestão documental e equiparados é necessário, antes de mais, perceber o impacto da transformação. “Será, de facto, mais produtivo tornar determinado processo digital? Nem sempre é o caso”. Depois, é preciso perceber de que modo se pode então melhorar o processo. As questões que devem ser colocadas são: “Como vou recolher os dados? Como vou estruturar os dados? Para que fim irão servir depois da recolha?” Finalmente, é preciso identificar “como é que esses dados vão ser utilizados para passar valor para o cliente”. Vasco Falcão recorda que “se perde constantemente muito tempo a procurar informação” e que é preciso tomar cuidado quando se digitaliza um processo” para que essa demora não se prolongue após a transformação.

Em simultâneo, a Konica Minolta quer assegurar uma colaboração estreita com instituições académicas e institutos de investigação – para, por exemplo, projetos de coinovação e laboratórios de testes –, empresas parceiras e startups. Relativamente a este ecossistema, entre outras iniciativas, está prevista a criação de um fundo de investimento em startups, tendo já sido estabelecida uma parceria com aceleradoras como a Beta-i e a Startup Lisboa.

Em Portugal, a Konica Minolta Business Solutions Portugal tem sede em Lisboa e escritórios no Porto, Coimbra e Faro e conta com 170 colaboradores. A empresa tem cerca de 6000 clientes em Portugal, a maior parte dos quais trabalha remotamente. “Trabalhamos os dados dos clientes como se fossem nossos”, sublinha o diretor-geral da empresa. São 15.400 equipamentos geridos pela multinacional, 12 mil dos quais alvo de manutenção remota/preventiva.

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