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La Liga pode ficar entre as dez maiores empresas da bolsa de Madrid

Se a primeira liga de futebol espanhola entrar em bolsa depois do acordo com a CVC Capital Partners torna-se automaticamente na oitava maior empresa do índice Ibex 35 por capitalização de mercado, deixando para trás CaixaBank, Endesa ou Repsol.
  • Cristina Bernardo
8 Agosto 2021, 15h23

Se a primeira liga de futebol espanhola (La Liga) entrar na bolsa de Madrid depois do acordo com a luxemburguesa CVC Capital Partners torna-se automaticamente na oitava maior empresa do índice Ibex 35 por capitalização de mercado, deixando para trás gigantes como o CaixaBank, a Endesa ou a Repsol, de acordo com os cálculos do jornal “El Economista” divulgados este domingo.

A La Liga anunciou esta semana que assinou com a CVC Capital Partners – o fundo que comprou 25% do Continente à Sonae por 528 milhões de euros – um contrato que prevê a criação de uma sociedade (chamada “La Liga Impulso”) na qual a empresa terá de investir 2,7 mil milhões de euros na competição e passe a deter uma participação de 10%.

Uma hipotética entrada dessa sociedade no mercado de capitais espanhol convertê-la-ia numa das cotadas com maior capitalização bolsista, a bater nos 24.250 milhões de euros de valorização. No ranking do Ibex 35, a La Liga Impulso ficaria entre os dez primeiras (especificamente no oitavo lugar), sendo apenas ultrapassada pela dona da Zara, Iberdrola, Santander, Cellnex, BBVA, Arcelormittal e Amadeus (24.588 milhões de euros). Até a telecom Telefónica lhe ficaria atrás (22.851 milhões de euros).

O negócio, que ainda está sujeito a aprovação do comité executivo da liga desportiva e dos clubes associados (mas levou logo duas negas do Real Madrid e do FC Barcelona), avalia a La Liga em 24,250 mil milhões de euros e deverá mitigar os efeitos negativos da pandemia na principal liga de futebol em Espanha.

Aliás, esse impacto foi significativo. Segundo o relatório e contas 2019-2020 publicado no final de junho, as receitas da organização presidida por Javier Tebas deverão cair quase 30% na temporada 2020/2021, para 3.545 milhões de euros, e os prejuízos chegarão aos 733 milhões de euros, em comparação aos lucros de 77 milhões de euros registados na temporada passada.

Na quarta-feira, a La Liga esclareceu que apesar da alteração da estrutura acionista, nomeadamente a participação minoritária, “manterá intactas desta nova sociedade as suas competências desportivas e de organização e gestão da comercialização dos direitos audiovisuais”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/serie-a-rejeitou-17-mil-milhoes-em-2020-de-fundo-que-investiu-27-mil-milhoes-na-la-liga-770962

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