António Lacerda Sales fez esta manhã um balanço dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP. Numa curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, o presidente da CPI deixa palavras de agradecimento e pede “tranquilidade” até que sejam apresentadas as conclusões do relatório final, que deverá ser conhecido a 13 de julho.
Faltam ainda ouvir três depoentes nesta CPI. Esta quarta-feira é a vez do ex-secretário de Estado Hugo Santos Mendes responder aos deputados. Até ao final da semana, a comissão recebe o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e o atual ministro das Finanças, Fernando Medina.
Lacerda Sales aproveita a reta final da CPI para “dedicar algumas palavras de agradecimento e de reconhecimento”.
“Ao longo dos últimos meses, tivemos a responsabilidade de conduzir os trabalhos desta comissão cujo objeto era o de avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP, SGPS, e da TAP, S.A. Em primeiro lugar, agradeço a todos os membros desta comissão pelo empenho e dedicação na forma como pretenderam, com transparência e verdade, assumir este propósito”, diz, dirigindo-se aos deputados da CPI.
Deixa também “uma nota de apreço” às diferentes bancadas parlamentares pela “diversidade e pluralidade de ideias e perspetivas que contribuíram não só para uma discussão intensa e abrangente sobre a gestão da TAP, mas essencialmente para uma reflexão profunda sobre a importância estratégica desta empresa”.
O socialista acrescenta ainda que os trabalhos não teriam sido possíveis sem o apoio da Assembleia da República e dos seus trabalhadores, que diz terem sido “essenciais” e agradece a Augusto Santos Silva, na qualidade de presidente deste órgão soberano.
Os funcionários dos serviços parlamentares, salienta, destacam-se pelo “incondicional profissionalismo e dedicação, sendo muitas vezes invisíveis”. “São o garante do bom funcionamento dos trabalhos que nos ocupam a todos longas horas”, sublinha.
“Esta comissão veio lembrar o papel fundamental deste Parlamento como o guardião da nossa democracia, como fórum de debate pública e um garante da salvaguarda do interesse dos cidadãos”, considera ainda Lacerda Sales.
Por fim, deixa uma nota de agradecimento também à comunicação social “que acompanhou estes trabalhos do início ao fim procurando, mesmo num caudal imenso de informação, não perder o foco de informar os cidadãos”.
A terminar, o presidente da CPI cita o terceiro livro do Antigo Testamento: “Tudo tem o seu tempo determinado e tudo tem o seu propósito”.
Este, diz ainda, “é o tempo de aguardar com tranquilidade o relatório e as conclusões deste inquérito” àquela que chama de “a nossa companhia aérea”.
António Lacerda Sales substituiu o socialista Jorge Seguro Sanches na condução dos trabalhos da CPI depois deste último ter colocado o cargo à disposição, insatisfeito com a condução da comissão.
A comissão parlamentar de inquérito decorre desde março. Desde então, foram ouvidas mais de 40 personalidades. Recorde como chegámos até aqui.
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