O PCP propõe um “choque salarial” com um aumento geral de 15% e com um mínimo de 150 euros e pretende que 1% do PIB (Produto Interno Bruto) seja destinado a construção ou remodelação de habitações públicas.
Estas são duas medidas que constam do programa do PCP, que concorre coligado com o PEV e associação Intervenção Democrática (Coligação Democrática Unitária) às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, apresentadas pelo secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, no ISCTE, em Lisboa.
Perante os ex-líderes do partido Jerónimo de Sousa e Carlos Carvalhas, o atual secretário-geral do PCP defendeu que “o país precisa de um choque salarial”, medida que considerou mesmo de “emergência nacional”.
“É respondendo a essa exigência que propomos o aumento do salário mínimo, já em julho de 2025, para mil euros e o aumento geral dos salários em 15%, com 150 euros no mínimo para todos os trabalhadores”, declarou.
Tal como no programa eleitoral de 2024, o PCP volta a propor a fixação de 35 horas semanais de trabalho em todos os setores de atividade e 5% do PIB dedicado a investimento público.
Em relação aos pensionistas, o secretário-geral do PCP avançou com um aumento de 5%, com efeitos retroativos a janeiro, com uma subida mínima de 70 euros para todas as reformas.
Já em matéria de habitação, Paulo Raimundo advogou “um plano de promoção da construção, manutenção e remodelação de habitações públicas, a partir de um financiamento anual correspondente a 1% do PIB, visando aumentar significativamente o parque habitacional público, seja para arrendamento de caráter social, seja para criação de um programa de arrendamento a custos acessíveis”.
“A situação é dramática, as medidas têm de ser urgentes”, advertiu o líder do PCP, numa intervenção em que definiu o programa eleitoral como sendo de “rutura com a política do atual Governo e dos anteriores”.
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