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Em Foco

Associação do Alojamento Local prepara impugnação da CEAL após eleições

A ALEP vinha defendendo a inconstitucionalidade da medida desde a sua apresentação e está agora a preparar a sua impugnação caso o novo Governo não avance com a revogação. No limite, o caso pode criar um “ónus fiscal enorme” para o próximo Executivo.

Atualidade

Primeiro troço da Alta Velocidade Porto/Lisboa custa 23,4 milhões por cada quilómetro

Os primeiros 71 quilómetros da linha de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa terão um custo máximo de 1,661 mil milhões de euros. Valor inclui uma ponte rodoferroviária sobre o Douro, 17 quilómetros de ligações à Linha do Norte, obras de adaptação na Campanhã, uma nova estação em Santo Ovídio, e uma subestação em Estarreja.

Apesar de onda de frio, preços do gás descem e Portugal lidera reservas

Apesar do frio na Europa e da tensão no Mar Vermelho, os preços do gás estão a recuar. Portugal tem as reservas cheias.

Parlamento a “meio gás”. Comissão Permanente entra em funções após dissolução

Com publicação do decreto de dissolução da Assembleia da República nesta segunda-feira, 15 de janeiro, entrou em funções a Comissão Permanente da AR que “dá uma vida mínima ao parlamento”, avançou ao JE Adão Silva, deputado do PSD.

Portugal com mais baixa poupança da zona euro devido “a elevada carga fiscal, baixos salários e baixa literacia”, alerta Deco

De acordo com a Deco, “é nos momentos de crise”, como o período de intervenção da Troika entre 2010 e 2014, que os agregados em Portugal “demonstram que as famílias têm capacidade de poupança, ainda que pontuais”.

Davos: Von der Leyen, Li Qiang e Zelensky marcam primeiro dia ‘a sério’

Não é por acaso que a 54ª reunião anual de Davos tem como lema ‘Reconstruindo a confiança’. O Clima e as guerras ativas na Ucrânia e na Palestina são o foco do encontro na Suíça. A lista dos ausentes também merece atenção.
Exclusivo

Gregório Teixeira recorre de decisão do Tribunal Constitucional sobre listas do Chega Madeira

Um dos membros fundadores do Chega Madeira considera que as listas às regionais da madeira, de setembro de 2023, são ilegais. Um dos pontos da discórdia da decisão do Tribunal Constitucional é sobre prazos para apresentação de queixas e sobre se foram esgotados os mecanismos internos disponibilizados pelos partidos para esse tipo de queixas.

Israel: Shin Bet junta-se ao ministro da Defesa e pede bloqueio da extrema-direita

Os serviços secretos internos dizem que está iminente uma escalada da violência na Cisjordânia – o que aumentará as dificuldades das forças de defesa de Israel em Gaza. Mas Netanyahu precisa da extrema-direita para manter o executivo.

Entrevista

Miguel Santo Amaro: “Fazia sentido ser possível baixar o salário bruto e trocar por benefícios sociais”

O CEO da Coverflex diz que está a tentar falar com o Governo para propor para o país algo que, para este investidor e empreendedor, faz sentido repensar: um conceito que, em Espanha, se chama de “sacrifício salarial” e pode beneficiar trabalhadores e empresas.

Mercados

BCP sofre corte e cai na bolsa de Lisboa em dia negativo para os mercados europeus

O banco de Miguel Maya registou uma perda de 2,77% na primeira sessão da semana, no mesmo dia em que o Mediobanca passou a recomendar vender os títulos do banco e cortou, de forma acentuada, no respetivo preço alvo.

Agenda

Topo da Agenda: o que não pode perder nos mercados e na economia esta terça-feira

O Conselho ECOFIN reúne-se pela primeira vez este ano, tendo entre os pontos da agenda desta terça-feira a organização dos trabalhos relativos ao Semestre Europeu de 2024 .Em Wall Street, as atenções vão estar nos resultados do Morgan Stanley e do Goldman Sachs.

Opinião

Empresas familiares: o futuro é quando o fundador quiser

“Bom é o herdeiro que acrescenta à herança” e, nas empresas familiares, este brocardo será tanto mais ajustado quanto mais o fundador preparar a sucessão para as gerações futuras.

A distopia da desinformação: estarão os meios de comunicação a caminho do precipício?

A psicologia ajuda a explicar como e porquê as pessoas são atraídas por narrativas populistas e teorias da conspiração. Muitas vezes, apelam diretamente aos medos e esperanças do indivíduo, criando uma ligação mais forte do que a oferecida por conteúdos noticiosos convencionais.

Quanto nos custa o turismo?

O ano de 2023 terminou com uma enorme apoteose turística: foi um ano histórico – mais um – para o turismo em Portugal em termos de receitas e visitantes. Como sempre, só nos contam metade desta história. Convém relembrar que receita e lucro são conceitos financeiros distintos. Escrevendo para um jornal económico, insisto, ainda assim, numa explicação breve: a receita refere-se apenas ao total de dinheiro gerado pela venda de bens ou serviços durante um determinado período de tempo, isto é, corresponde à quantia bruta recebida antes de se deduzirem despesas e custos associados à produção, distribuição ou venda desses produtos e serviços. Já o lucro, a existir, define-se como a diferença positiva entre a receita total e essescustos. Podemos ainda dividir o lucro em subtipos: o bruto, o operacional ou o líquido. Em todo o caso, o lucro é o valor positivo que sobra após a subtração de todos os custos associados à operação do negócio. Só com base nesse valor final é que podemos então concluir quanto se ganhou e, já agora, quem ganhou. Quando chegamos ao “turismo”, parece que estes conceitos académicos basilares são esquecidos e ficamos presos à narrativa incondicional e sempre vantajosa da receita turística que o “país” ganhou. Pois bem: qualquer negócio comercial apreciado desse ponto de vista será “fabulástico”! A receita ou o número de visitantes são, de facto, indicadores tangíveis, fáceis de acompanhar e de comunicar, e muitos políticos optam porse limitar a eles para avaliar o sucesso do seu desempenho seja na criação de empregos, no aumento das receitas fiscais ou no desenvolvimento económico. Chegados aqui e com tanto investimento público monocromático no turismo – passado, presente e futuro – que custos pagamos nós por ele? Os orçamentais, os ambientais, os sócio-laborais, oportunidade, os urbanísticos e infraestruturais, entre tantos outros. Estes custos são mais difícieis de quantificar e de apresentar de forma clara, mas é fundamental que sejam considerados porque é justamente aí que reside o caminho para uma política pública sustentável e equitativa do setor. Asustentabilidade no turismo não é reclicar o copo de plástico nos hotéis; é, sim, reconhecer aprofunda interligação entre os aspetos económicos e financeiros da “receita” com a criação de um equilíbrio social e ambiental duradouro e benéfico para as próximas gerações. Recentemente,a empresária Catarina Portas afirmou que a cada novo hotel que abre na Baixa de Lisboa corresponde o fecho de 5 lojas. De facto, na rua da Prata, o hotel Eurostars (que ocupa metade de um quarteirão) eliminou cinco lojas: a cutelaria Polycarpo, fundada em 1822, a Casa das Malas, fundada em 1887, a João Cândido da Silva que vendia jornais e lotarias; uma loja de roupa e uma loja de tatuagens. Também na Rua do Ouro, o The 7 Hotel fez desaparecer 5 lojas e My Story Hotel encerrou 4, todas elas sem substituição. O ritmo de licenciamentos governamentais para a abertura de novos hotéis nunca abrandou e nem a perda vertiginosa de habitantes nas freguesias do centro com a correspondente orientação monofuncional de todo um vasto territóriodemoveu o poder público. Tudo em nome do PIB e da “receita”…a imediata e oportunista. No espectro da criação de empregos e de acordo com dados do Banco de Portugal, os salários do turismo são dos mais baixos da nossa economia; já o Ministério do Trabalho alerta para o indíce de precariedade muito acima da média nacional dos empregedos criados pelo setor. E o que dizer dos nossos jovens que ambicionem uma carreira noutras áreas? Caricaturando, quem não quiser ser engenheiro de turismo, investigador de turismo, médico ou enfermeiro de turismo, o melhor é mesmo procurar o seu rumo no estrangeiro, como aliás também acontece com quem quer ganhar condignamente no turismo e vai trabalhar em hotéis e restaurantes na Suiça, França e até na Islândia. Em ano de eleições, o setor inicia 2024 com uma lista interminável de pedidos: alívios fiscais, redução do IVA, mais apoios e financiamento, mais promoção e um novo aeroporto. E, claro, um Ministério do Turismo autónomo. Se for para criar uma nova corte de “influencers” e para termos mais um porta-voz parcial e setorial no conselho de ministros…“obrigado pela tentação, mas não obrigado!”
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