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Em Foco

CIP vai insistir no 15º mês isento de IRS e sem impacto nas retenções na fonte

Depois de ter visto o 15º mês englobado para efeitos de cálculo da taxa de IRS a pagar, a CIP quer recuperar o espírito inicial desta proposta, que, diz Armindo Monteiro, “tem de ser isenta” de imposto. O representante dos patrões promete ainda mais propostas na reunião da concertação social desta quarta-feira.

Atualidade

Exclusivo

Acionistas desistem da venda do Atlantico Europa ao Well Link por “incumprimentos contratuais”

O processo de aquisição do Banco Atlântico Europa pelos chineses da Well Link Group foi terminado pelos acionistas vendedores, que invocaram incumprimentos contratuais, sabe o Jornal Económico.

“Custe o que custar”: Draghi vai salvar novamente a Europa?

Plano do ex-líder do BCE para salvar a economia europeia é revelado hoje. Uma das apostas é no fomento da indústria europeia de defesa. Economistas defendem menos burocracia, mais mercado de capitais, mais habitação pública, maior aposta nas infraestruturas e mudanças nas regras dos auxílios estatais para permitir maior ajuda às empresas.

Fusões e aquisições em Portugal movimentam oito mil milhões até agosto

O valor significa uma queda de 24% em relação aos mesmos oito meses de 2023. O número de negócios também caiu mais de 20%, segundo os dados da TTR avançados ao Jor nal Económico. Cenário no ‘private equity’ melhorará até ao fim do ano, acreditam sociedades gestoras.

OE2025: PS aguarda números da margem orçamental

Pedro Nuno Santos condiciona os próximos capítulos das negociações para o próximo Orçamento do Estado, que arrancam nesta terça-feira, à entrega de informação sobre a margem orçamental, ainda não facultada pelo Executivo. Propostas do IRS Jovem e IRC baseadas numa “agenda fiscal radical, injusta e cara” são linha vermelha para o maior partido da oposição.

Consumo privado e investimento castigam crescimento da zona euro no terceiro trimestre

As revisões em baixa em França e na Irlanda levaram ao corte de 0,1 pontos percentuais em relação à estimativa inicial, com o consumo privado e o investimento a recuarem em cadeia. Em sentido inverso, as exportações foram o suporte do crescimento, sobretudo do lado dos serviços.

Euronext lança solução para ajudar PME na implementação de normas ESG europeias

O grupo dá a conhecer várias medidas ligadas aos critérios de sustentabilidade, entre as quais um serviço de consultoria, que visa ajudar pequenas e médias empresas a superar dificuldades para que possam corresponder aos regulamentos ESG. Na calha está também uma relatório relativo à adoção das medidas por parte das cotadas, assim como um simulador da bolsa, entre outras medidas.

Venezuela: candidato da oposição pede asilo político a Espanha

Edmundo González deixou o país e, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, pediu asilo político. “Enquanto Maduro pagar aos militares, não terá problemas internos”, diz Seixas da Costa.

Angola importou menos alimentos no segundo trimestre de 2024

O país terá gasto 509,9 milhões de dólares em importação de alimentos no primeiro trimestre do ano contra os 445,3 milhões de dólares do segundo, de acordo com o Banco Nacional de Angola.

Quatro mestrados em Gestão portugueses entre os melhores do mundo

Nova SBE, Católica Lisbon School of Business & Economics e Iscte mantiveram-se na tabela do ‘Financial Times’ em 2024 e a Faculdade de Economia da Universidade do Porto regressou ao ranking.

Entrevista

Nickel quer estar onde a “banca tradicional já não está” e admite concorrer no crédito

Há dois anos em Portugal, a Nickel está a crescer mais cá do que em Espanha ou Bélgica. Quer aumentar a rede de parceiros para conquistar mais clientes à banca, podendo entrar no crédito. As comissões baixas são vantagem, mas João Guerra, o CEO da Nickel Portugal, admite que vão subir.

Mercados

Bolsas receiam arrefecimento económico com decisão à porta sobre taxas de juro do BCE

As principais praças europeias encerraram a semana passada no ‘vermelho’ e Lisboa seguiu pelo mesmo caminho. Para tal contribuíram os sinais de desaceleração da economia norte-americana, ligados ao enfraquecimento da criação de emprego. Esta semana fica marcada pela reunião de política monetária do BCE.

Agenda

Topo da Agenda: o que não pode perder nos mercados e na economia esta semana

A semana arranca com os dados da balança comercial portuguesa, bem como a inflação em agosto. Lá por fora destaque para a conferência de imprensa do Banco Central Europeu e para a reunião mensal do Eurogrupo.

Opinião

Burlas online: Não morda o isco!

Este tipo de ciber ataques por email (phishing), por SMS (smishing), e por chamadas de voz (vishing), têm como objetivo enganar as vítimas para que estas partilhem informações pessoais ou financeiras com o atacante.

A democracia na era dos algoritmos: somos prisioneiros de uma nova caverna digital?

O recente confronto entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal brasileiro, expôs à vista de todos uma realidade alarmante: a democracia global está a ser profundamente remodelada pelos titãs das redes sociais e pelos seus algoritmos omnipresentes. A nova caverna digital: prisioneiros dos pixéis Vivemos numa versão distópica da alegoria da caverna de Platão, onde a realidade é uma ilusão digital projetada em ecrãs que nos acompanham para todo o lado, em todos os momentos. Os nossos ecrãs de telemóveis e computadores tornaram-se as paredes da caverna moderna, onde sombras digitais dançam diante dos nossos olhos, moldadas por algoritmos invisíveis. Esta manipulação é tão insidiosa que duas pessoas sentadas lado a lado, a aceder às mesmas redes sociais, podem experienciar mundos radicalmente diferentes, prisioneiras de bolhas informativas personalizadas que reforçam as suas crenças e preconceitos. Algoritmos: Os Novos Fazedores de Reis Outrora, os reis clamavam ter o seu poder atribuído por Deus. Hoje, os novos monarcas digitais têm o seu poder conferido pelos média e, mais especificamente, pelos algoritmos. Em 1997, Emídio Rangel, então diretor da SIC, o primeiro canal privado de televisão em Portugal, profetizou o poder dos média ao declarar: “Uma estação que tem 50% de share vende tudo, até o Presidente da República!”. Esta afirmação, feita no contexto do domínio da televisão sobre a formação da opinião pública, parece quase ingénua face à realidade atual. Hoje, os algoritmos das redes sociais não apenas refletem preferências, mas criam-nas ativamente, podendo determinar o resultado de eleições antes mesmo de o primeiro voto ser contado. A guerra pela atenção: um campo de batalha digital No campo de batalha digital, a atenção é a munição mais valiosa, e a verdade é frequentemente a primeira baixa. As posições políticas online transformaram-se em declarações de guerra ideológica, com táticas que mais se assemelham a operações militares do que a debates cívicos. A polarização extrema conduziu a um ambiente tóxico onde o respeito pelo adversário ideológico é visto como fraqueza. O insulto, a humilhação e a chacota tornaram-se as armas de escolha, substituindo o diálogo construtivo. Neste cenário bélico digital, a empatia e a compreensão mútua são as verdadeiras vítimas, ameaçando os próprios alicerces do discurso democrático. O Dilema do justicialismo digital no contexto brasileiro O conflito entre Musk e Moraes no Brasil é um microcosmo das tensões globais entre liberdade de expressão e regulação online. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, tem tomado medidas assertivas contra a desinformação e os discursos antidemocráticos nas redes sociais, incluindo ordens de bloqueio de contas. Estas ações, vistas por alguns como necessárias para proteger a democracia brasileira, são criticadas por outros como excessivas e potencialmente autoritárias. O termo “justicialismo” neste contexto refere-se a uma abordagem judicial que prioriza o que é percebido como justo ou moralmente correto sobre a estrita interpretação da lei, levantando questões sobre os limites do poder judicial na era digital. O algoritmo como guardião implacável do sucesso No mundo atual, conquistar o algoritmo tornou-se o Santo Graal para qualquer empreendimento. A realidade é implacável: para vender um livro ou ganhar uma eleição, é imperativo primeiro seduzir o algoritmo, que se torna o verdadeiro árbitro do sucesso. Este guardião digital, frio e calculista, decide quem terá visibilidade e quem será relegado à obscuridade. O algoritmo é o novo kingmaker, capaz de tornar ideias virais ou condená-las ao esquecimento com uma eficiência assustadora. Esta dinâmica levanta questões profundas sobre a autonomia individual e a natureza do livre arbítrio numa era onde as nossas escolhas são cada vez mais orquestradas por linhas de código invisíveis. Desafios para o futuro da democracia A influência de figuras como Musk nas eleições futuras vai além de declarações polémicas. O seu controlo sobre plataformas de comunicação em massa confere-lhes um poder sem precedentes para moldar o discurso público e decidir quais as vozes que serão amplificadas ou silenciadas. Para preservar a integridade dos processos democráticos, é urgente desenvolver uma nova literacia digital. Os cidadãos devem ser capazes de reconhecer e resistir à manipulação algorítmica, enquanto os reguladores precisam de encontrar formas de garantir a transparência e responsabilidade das plataformas digitais. A democracia enfrenta agora o seu maior teste: como manter os princípios de liberdade, igualdade e representação justa num mundo onde a realidade é cada vez mais mediada por códigos e controlada por poucos? A resposta a esta pergunta definirá não apenas o futuro das nossas democracias, mas a própria natureza da realidade que escolhemos habitar.
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