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Leiria e Marinha Grande investem 6,6 milhões de euros em ciclovia que une os dois concelhos

O município de Leiria aprovou hoje, em reunião extraordinária, o projeto de construção de uma ciclovia do rio Lis até à Marinha Grande, num investimento de 6,6 milhões de euros, suportado pelos dois municípios.
28 Dezembro 2020, 20h53

O percurso de Leiria até à foz do rio, na Marinha Grande, terá cerca de 25 quilómetros, dos quais 17,6 são no concelho de Leiria e sete no concelho da Marinha Grande, explicou um dos engenheiros responsáveis pelo projeto, Pedro Teiga, durante a apresentação.

O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, acrescentou que o projeto será candidatado ao PAMUS – Plano Ação de Mobilidade Urbana Sustentável, em que a comparticipação de fundos comunitários pode chegar aos 85%.

O município de Leiria vai investir 4,6 milhões de euros e a Marinha Grande dois milhões.

A execução do projeto, da responsabilidade da autarquia de Leiria, será feita com recurso a técnicas de engenharia natural e com a valorização dos percursos já existentes ao longo do rio, permitindo o uso de meios de mobilidade suave.

A ciclovia irá contribuir para a “valorização do corredor ribeirinho, na estratégia de aproveitamento social destes percursos em termos de mobilidade suave entre territórios e ação de descarbonização nas deslocações de curta distância em orografias confortáveis”, refere a proposta.

“Ainda existe poluição no rio e o uso da ciclovia pelas pessoas pode servir também como uma nova fiscalização”, referiu o engenheiro.

Está ainda prevista uma intervenção no pavimento, tal como a inclusão de mobiliário e a criação de 11 portas de entrada nesta ciclovia, que fará ligação ao percurso Polis, na cidade de Leiria, e serão criados jardins com base em espécies autóctones, o que facilitará a sua manutenção.

A ciclovia do rio Lis terá um contador de utilização, o que permitirá não só saber quantas pessoas estão a utilizar a via, como a redução da taxa de carbono face à menor carga automóvel.

Há ainda um alerta de cheias, que é dado através da indicação da subida do nível da água, o que “aumenta a segurança de pessoas e bens”, disse Pedro Teiga.

Gonçalo Lopes considerou que esta é uma obra há muito “ambicionada”, pelo que mesmo que não haja fundos comunitários o projeto irá manter-se.

“Teremos de fazê-lo de uma forma faseada, mas não vamos desistir. Esta é uma obra importante para aquilo que pensamos para Leiria”, disse o autarca socialista.

O presidente acrescentou que a ciclovia poderá vir a ser um “potencial turístico” na região, com uma nova oferta de atividades que não existem.

O vereador do PSD Álvaro Madureira sugeriu que a autarquia estenda a ciclovia de Leiria às freguesias de Parceiros e Maceira, considerando que seria importante o projeto ligar a nascente à foz do rio.

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