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Leonor Beleza: presidente da Fundação Champalimaud é a mais poderosa da Responsabilidade Social

Leonor Beleza soma um vasto currículo político e na advocacia, mas é o seu trabalho à frente da Fundação Champalimaud que a coloca na lista das 55 mulheres portuguesas mais poderosas dos negócios, onde contabiliza 70 pontos.
Leonor Beleza
6 Novembro 2024, 07h30

Leonor Beleza soma um vasto currículo em política e advocacia, mas é o seu papel de presidente da Fundação Champalimaud que a coloca no ranking da Forbes Portugal das mulheres portuguesas mais poderosas nos negócios. A revista do grupo Media9, do qual o Jornal Económico faz parte, coloca Leonor Beleza no segundo lugar da categoria Responsabilidade Social e Sustentabilidade.

Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1972, e regressou mais tarde para ser professora assistente, de 1973 a 1975 e, novamente, de 1977 a 1982. Depois do 25 de Abril assumiu a disciplina de Direito de família e foi nessa condição que se tornou membro da Comissão de Revisão do Código Civil, entre 1976 e 1977.

Entre 1975 e 1982, foi técnica superior principal da Comissão da Condição Feminina, atual Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. Entretanto, em 1981, foi eleita presidente do Comité para a Igualdade entre as Mulheres e os Homens do Conselho da Europa.

Natural do Porto, teve vários cargos políticos e foi também advogada, tendo exercido o curso que tirou e entrado para a Ordem dos Advogados Portugueses em 1993.

Fundadora do Partido Social Democrata, foi Secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros na época de 1982/83 com Francisco Pinto Balsemão no Governo e também Secretária de Estado da Segurança Social entre 1983 e 1985 no Executivo de Mário Soares. Posteriormente, entre 1985 e 1990, foi ministra da saúde nos dois governos de Aníbal Cavaco Silva, tornando-se na segunda mulher a assumir a posição de ministra num Governo.

Abandonou o Ministério da Saúde na sequência da polémica do caso de distribuição de sangue contaminado, que terá vitimado várias pessoas com SIDA e hepatite C. Os seus mandatos ficaram também marcados pela reforma dos serviços de saúde materno-infantil, que levou ao fecho de várias maternidades no país.

Depois tornou-se deputada na Assembleia da República pelo PSD e entre 1991 e 1994 foi vice-presidente da Assembleia da República, voltando a desempenhar o cargo entre 2002 e 2005.

Antes de sair do Parlamento, Leonor Beleza foi designada presidente da Fundação Champalimaud, em 2004, por escolha do próprio fundador António Champalimaud, que deixou a sua vontade transcrita em testamento. Na instituição desenvolve atividades na área da Oncologia e Neuropsiquiatria, estando afeta para a inovação e investigação destas duas áreas.

Foi ainda presidente do Conselho Geral da Universidade de Lisboa entre 2013 e 2021. É membro do Conselho de Estado desde 2008 e assume funções de presidente da Associação EPIS – Empresários pela Inclusão Social.

Em fevereiro de 1994 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Falcão da Islândia, em junho de 2005 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e em setembro de 2017 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Mas as condecorações de Leonor Beleza não ficam por aqui: recebeu o prémio D. Antónia Adelaide Ferreira em 2010, tem o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa de 2012, o prémio Personalidade nos Prémios Excellens Oeconomia em 2018, o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa em 2021 e o prémio Universidade de Coimbra em 2023.

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