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Lider de Hong Kong afirma que o acordo “um país, dois sistemas” poderá estender-se para lá de 2047

Carrie Lam afirmou que não há razões para não acreditar que o acordo não se possa estender para lá de 2047. Mas alertou que este sistema pode estar em causa devido aos protestos realizados na região ao longo dos últimos meses.
16 Janeiro 2020, 11h50

Depois de meses de protestos na ex-colónia britânica, Carrie Lam, presidente de Hong Kong, anunciou que o regime “um país, dois sistemas” poderá ser renovado depois da data final em 2047, segundo a Reuters.

O anúncio é feito numa altura em que a desconfiança dos cidadãos de Hong Kong aumentou, alegando que o governo chinês estará a aumentar a sua influência junto do Governo do principal centro financeiro da Ásia.

Carrie Lam disse que “não há razões para acreditar que o acordo um país, dois sistemas não vá continuar depois de 2047”, durante o seu discurso no concelho legislativo de Hong Kong.

A presidente de Hong Kong também se dirigiu aos jovens afirmando que “a situação pela qual hoje se preocupam [fim do atual sistema político] poderá vir a acontecer como consequência dos vossos atos”, afirmou, em referência aos protestos.

Os jovens têm sido os principais contestatários do governo semi-autónomo, alegando que a China é quem está a controlar tudo o que se passa em Hong Kong nos bastidores.

De acordo com um inquérito conduzido pela Reuters em Hong Kong, nove em cada 10 jovens entre os 18 e os 20 anos, apoia os protestos. O movimento pró-democracia é apoiado por 59% dos residentes, mas apenas 17% apoiam a independência total da região.

Uma das mais recentes acusações do movimento pró-democracia diz respeito à brutalidade policial como resposta aos protestos, acusações que Carrie Lam rejeita afirmando que “as acusações têm o único propósito de enfraquecer o trabalho das forças policiais, numa clara tentativa de demonizar a polícia”.

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