Depois de meses de protestos na ex-colónia britânica, Carrie Lam, presidente de Hong Kong, anunciou que o regime “um país, dois sistemas” poderá ser renovado depois da data final em 2047, segundo a Reuters.
O anúncio é feito numa altura em que a desconfiança dos cidadãos de Hong Kong aumentou, alegando que o governo chinês estará a aumentar a sua influência junto do Governo do principal centro financeiro da Ásia.
Carrie Lam disse que “não há razões para acreditar que o acordo um país, dois sistemas não vá continuar depois de 2047”, durante o seu discurso no concelho legislativo de Hong Kong.
A presidente de Hong Kong também se dirigiu aos jovens afirmando que “a situação pela qual hoje se preocupam [fim do atual sistema político] poderá vir a acontecer como consequência dos vossos atos”, afirmou, em referência aos protestos.
Os jovens têm sido os principais contestatários do governo semi-autónomo, alegando que a China é quem está a controlar tudo o que se passa em Hong Kong nos bastidores.
De acordo com um inquérito conduzido pela Reuters em Hong Kong, nove em cada 10 jovens entre os 18 e os 20 anos, apoia os protestos. O movimento pró-democracia é apoiado por 59% dos residentes, mas apenas 17% apoiam a independência total da região.
Uma das mais recentes acusações do movimento pró-democracia diz respeito à brutalidade policial como resposta aos protestos, acusações que Carrie Lam rejeita afirmando que “as acusações têm o único propósito de enfraquecer o trabalho das forças policiais, numa clara tentativa de demonizar a polícia”.
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