O líder dos CDS-PP pediu este sábado a demissão da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social na sequência da entrevista de Ana Mendes Godinho ao semanário “Expresso”, na qual desvaloriza os surtos nos lares em Portugal.
“A Reação da Ministra da Solidariedade Social à morte de 18 idosos em Reguengos de Monsaraz é dizer que não leu o relatório da Ordem dos Médicos e desvalorizar o impacto da pandemia nos lares”, apontou Francisco Rodrigues Dos Santos . “Classifiquei aquela aviltante tragédia como um crime humanitário e um doloroso exemplo da decadência moral do Estado. Hoje a Ministra ilustrou-os bem com as suas declarações”, recordou o líder dos centristas, através de uma publicação no Facebook.
Francisco Rodrigues dos Santos, que considerou que Portugal tem “uma ministra da Insensibilidade Social” lembrou que cerca de 40% das mortes por Covid no país ocorreram em lares. “A ministra não só faz vista grossa das estatísticas, como prova que não aprendeu nada com gestão da pandemia. Nos lares, continua a faltar o básico, que o CDS exigiu ao Governo há cinco meses atrás: planos de contingência, com regras claras, procedimentos de atuação definidos, e fiscalização por parte da tutela”, escreveu.
“Continuam surtos ativos em 73 lares, que totalizam 545 idosos infetados. Sobre a estratégia da ministra para os proteger os idosos, cuidando dos que estão doentes e impedindo novos focos no futuro, não se ouviu uma palavra. Uma semana depois, não há uma explicação, uma resposta, um estratégia, um plano, um pedido de desculpas”, frisou o líder do CDS-PP no seus post na rede social.
O líder dos centristas realçou também que os comentários de Ana Mendes Godinho “além de exporem a sua total inabilidade para o cargo e espelharem uma negligência arrepiante, as suas afirmações parecem retiradas de um filme de terror”.
Em entrevista ao jornal “Expresso”, Ana Mendes Godinho defendeu que não faz sentido falar de casos concretos de surtos da Covid-19 em lares e sobre a situação ocorrida em Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas. “No caso de Reguengos, a grande dificuldade foi encontrar funcionários quando muitos ficaram doentes”, destacou a governante.
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