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Líder do movimento cívico Porto com Porto pede a demissão imediata da direção da Metro do Porto

Decisão foi tomada “depois de mais uma notícia sobre as constantes desorientações no que toca à faixa do metrobus”.
6 Novembro 2024, 17h32

António Araújo, líder do movimento cívico Porto com Porto, pediu a demissão imediata da direção da Metro do Porto, liderado por Marco Martins, “depois de mais uma notícia sobre as constantes desorientações no que toca à faixa do metrobus”.

“Como todos sabemos, no dia 29 de Outubro a STCP conduziu uma série de testes, com a supervisão da Polícia Municipal do Porto, tendo em vista a viabilidade da utilização da nova linha de Metro Bus que pretende ligar a Rotunda da Boavista à Praça do Império” revela António Araújo.

“O relatório é verdadeiramente demolidor e confirma aquilo que o Movimento Porto com Porto tem repetido ao longo do tempo, inclusive no dia 19 de Outubro, numa marcha protesto que simbolicamente fizemos naquele trajeto, e no fim da qual tínhamos, também, exigido a responsabilização de Rui Moreira no falhanço de todas estas operações”, acrescenta.

Para António Araújo, “o metrobus é um projeto mal planeado, mal executado e que onera os portuenses em mais de 100 milhões de euros”.

O mesmo documento da STCP evidencia que a linha é “insegura, ineficiente e comercialmente desvantajosa”, conclusões a que a própria Polícia Municipal do Porto acrescenta que “as atuais condições comprometem o serviço e segurança dos passageiros”.

“A estes, já de si, gravíssimos problemas de ineficiência, o Porto com Porto junta-lhes a falta de autocarros a hidrogénio e os respectivos postos de abastecimentos, que deviam estar – há muito – concluídos”, revela o comunicado.

O movimento diz ainda que “alertámos, sucessivas vezes, que este é um projecto que não serve o interesse dos portuenses, tem uma gestão danosa realizada pela Metro do Porto e, fundamentalmente, revela a total inoperância que resulta numa desresponsabilização grosseira desta última por parte do próprio Rui Moreira”.

“Ainda assim, em vez de reconhecer erros e tentar corrigi-los, a Metro do Porto insiste neles. E vem agora sugerir que se aluguem veículos com necessidade de serem adaptados, aumentando assim, e mais uma vez, aos custos que todos os cidadãos já têm”, acrescenta

“O histórico de erros é longo e recebeu gotas de água nos últimos tempos, que fazem transbordar qualquer copo, por maior que seja a capacidade que ele tenha”, explica o responsável do movimento.

“Não podemos de forma alguma deixar passar em claro as responsabilidades da autarquia, enquanto entidade fiscalizadora (e que deve defender sempre os interesses dos portuenses) e da Metro do Porto”, aponta o movimento cívico Porto com Porto.

“Por tudo isto, exigimos que se tirem consequências e responsabilidades. Consideramos que à administração da Metro do Porto resta, apenas, demitir-se das suas funções”, revela.

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