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Liderança da SIC é “momento certo” para oferta, diz CEO da Impresa

Francisco Pedro Balsemão realça ao Jornal Económico que o objetivo desta operação passa por alcançar melhoria dos resultados operacionais nos próximos três anos.
30 Junho 2019, 16h00

A SIC lançou uma oferta pública de subscrição (OPS) de obrigações para o retalho com o objetivo de captar 51 milhões de euros (valor inicial era de 30 milhões de euros). Em declarações ao Jornal Económico (JE), Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, realçou que o grupo de comunicação social considerou ser este o “valor adequado” tendo em conta as metas. “Os objetivos desta operação passam por reforçar a estrutura financeira da Impresa, permitindo-nos procurar alcançar uma melhoria dos nossos resultados operacionais nos próximos três anos”, sublinhou o administrador.

No entender de Francisco Pedro Balsemão, o timing desta OPS teve em conta “uma avaliação ao contexto político-económico e o mercado de capitais”, o “ciclo positivo pelo qual a SIC atravessa” marcou “o momento certo para lançar uma oferta ao retalho”. Note-se que a SIC ganhou a liderança nas audiências ao fim de 12 anos a perder para a concorrência). Questionado sobre a possibilidade de se terem equacionado outras fontes de financiamento, o CEO da Impresa realçou ao JE que a operação agora lançada “insere-se no âmbito do nosso plano estratégico para o triénio 2017-2019, sendo um dos seus eixos a gestão rigorosa da nossa estrutura financeira, pelo que a Impresa está sempre atenta a oportunidades para cumprir com esta política”.

Caso a SIC consiga atingir este montante, a Impresa já tem destino definido para os 30 milhões de euros [entretanto a emissão de dívida aumentou para até 51 milhões de euros]. Francisco Pedro Balsemão sublinha que “o objetivo da operação” passa por “diversificar as fontes de financiamento do grupo e alargar a maturidade da dívida” pelo que “o empréstimo visa substituir dívida de curto prazo por dívida a médio e longo prazo”. No que concerne à eventualidade de revisão em alta deste valor, o administrador remete essa avaliação para o final deste mês, mais concretamente para 28 de junho, pelo que “o número de obrigações e, consequentemente, o seu valor global, poderá ser aumentado”.

Cristina “personifica sucesso da SIC”

Cristina Ferreira, que se transferiu da TVI para a SIC em 2018, marcou uma reviravolta nas audiências e é também à apresentadora que se devem alguns dos bons resultados que a SIC, nomeadamente a recuperação da liderança entre os canais vistos do país. Sob o mote “Assista ao sucesso na SIC”, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão escolheu a apresentadora (e outros três rostos emblemáticos da estação agora sediada em Paço d’Arcos) para convencer os investidores.

Francisco Pedro Balsemão enfatiza que Cristina Ferreira assim como Júlia Pinheiro, Diana Chaves e Ricardo Pereira “personificam o sucesso da SIC” e que “representam centenas de profissionais que, juntos, têm contribuído para alcançarmos resultados positivos nos últimos tempos”.

Taxa de remuneração de 4,5%

A estação de Carnaxide entrou desta forma no mercado para atrair investidores particulares para se financiar numa emissão de obrigações até 2022. Segundo o prospeto da OPS, a taxa de juro da remuneração bruta da emissão de obrigações da SIC é 4,5%, contando que os juros serão pagos a cada seis meses e com reembolsos a 10 de janeiro e a 10 de julho de cada ano. A taxa de juro líquida de impostos é de 3,26002%. O investimento mínimo previsto é de 1.500 euros e os investidores terão de comprar um mínimo de 50 obrigações, As ordens podem ser revogadas até 2 de julho.

Artigo publicado na edição nº 1993, de 14 de junho do Jornal Económico

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