Lisboa contraria bolsas europeias e negoceia com ganhos

A bolsa de Lisboa está a registar ganhos no meio da sessão desta quarta-feira, na medida em que o índice PSI sobe 0,26%, para 6.715 pontos.

Entre as cotadas que mais sobem, a liderança pertence à Mota-Engil, cujas ações estão a valorizar 1,54%, até aos 2,512 euros. Segue-se o setor da energia, com avanços de 1,16% na EDP, até aos 3,925 euros, 0,95% na Galp, que alcança 16,94 euros e 1,00% na EDP Renováveis, até aos 14,16 euros.

Em sentido contrário, os títulos da Semapa estão a contrair 1,21%, para 14,64 euros, ao mesmo tempo que a Altri recua 0,77% e fica-se pelos 5,145 euros.

Entre os principais índices europeus, porém, o sentimento é negativo, com a exceção do Reino Unido, que regista um acréscimo. Há perdas de 0,70% no índice agregado Euro Stoxx 50, na ordem de 0,70% e em França, nos 0,58%, ao passo que Alemanha e Itália derrapam ambas 0,44%. A descida mais leve é de Espanha e não vai além de 0,04%.

Nos futuros, o Brent recua 0,42%, até aos 73,94 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude resvala 0,40% e fica-se pelos 70,30 dólares por barril.

Ao nível das divisas, o euro adianta-se 0,03% face ao dólar, pelo que um euro está a ser negociado por 1,0894 dólares.

“As bolsas europeias vão seguindo divididas entre os ganhos ligeiros do PSI e a descida do CAC”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“O índice francês é penalizado pela queda da LVMH, ainda que tenha vindo a aliviar desde o arranque da sessão, onde chegou a tombar cerca de 8% depois de reportar contração de vendas trimestrais. O movimento condiciona todo o setor de bens de Luxo, incluindo a Kering e a L’Oreal, que sofreu inclusivamente um downgrade por parte do JPMorgan”, assinala-se.

“A ASML continua pressionada, depois do tombo superior a 15% na sessão de ontem, após ter reportado contas durante a tarde, quando era apenas esperado que o fizesse esta manhã, mostrando uma contração inesperada da carteira de encomendas”, apontam os analistas.

“No Euro Stoxx 50 a Adidas até elevou o outlook uma vez mais, mas também recuava. Já a Teleperformance e a Alstom são impulsionadas por upgrades. De forma geral a falta de comunicação de estímulos adicionais na China parece ser uma nuvem a pairar sobre os mercados”, alerta-se na mesma análise.

“Em alta estava o Footsie, animado pela revelação de que a inflação no Reino Unido recuou mais que o esperado em setembro e que os preços no produtor registaram uma descida, alimentando expectativas de cortes de juros pelo Banco de Inglaterra”, acrescenta-se ainda.