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Lisboa fecha a subir quase 2% e acompanha bolsas europeias após acordo entre EUA e China

EUA e China estabeleceram o adiar das tarifas às importações mútuas por 90 dias. Apesar de o acordo não ser definitivo, é uma demonstração de alguma aproximação entre as duas maiores economias do mundo, pelo que os mercados reagiram em forte alta. Lisboa não foi exceção e a EDP Renováveis liderou o sentimento, ao ganhar mais de 5%.
12 Maio 2025, 17h13

O índice PSI renovou máximos de meados de 2014 e a bolsa de Lisboa acompanhou o sentimento positivo que se viveu nas bolsas europeias durante a sessão desta segunda-feira. Em causa está o ânimo gerado pelo acordo estabelecido entre EUA e China, no âmbito das tarifas comerciais.

No caso do índice de referência da bolsa nacional, houve uma subida de 1,76% até aos 7.110 pontos. Os ganhos foram liderados pelas ações da EDP Renováveis, protagonistas de uma valorização de 5,47% até aos 8,68 euros. A Navigator seguiu pelo mesmo caminho, ao saltar 4,85% para 3,462 euros.

A Galp avançou 2,76% até aos 14,31 euros, ao passo que a Semapa se adiantou 2,20% e alcançou os 17,62 euros, enquanto o BCP somou 2,17% para 0,6024 euros.

Em sentido contrário, a REN caiu 1,66% e os títulos não foram além de 2,67 euros, sendo que nos CTT houve uma derrapagem de 1,32% até aos 6,71 euros.

Entre os principais índices europeus, destacam-se Itália, que somou 1,48% e França, que se adiantou 1,37%. Houve incrementos de 0,61% no Reino Unido, 0,56% em Espanha e 0,22% na Alemanha. O índice agregado Euro Stoxx 50 avançou 1,58%.

Na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking destaca-se “a substancial aproximação nas negociações comerciais entre os EUA e China, com ambos os países a reduzirem tarifas durante 90 dias”, pode ler-se.

“EUA reduziu as tarifas de 145% para 30%, já a China reduziu de 125% para os 10%. Como resposta os setores mais expostos à China, como o de Recursos Naturais, Luxo, Automóvel, foram dos mais animados”, apontam os analistas.

Nos futuros, o Brent está a subir 1,92% até aos 65,14 dólares por barril, ao passo que o crude ganha 2,08% e está a ser negociado nos 62,29 dólares por barril.

Na origem do ânimo está o acordo estabelecido durante o fim de semana entre Estados Unidos da América e China, que ditou o adiamento das tarifas comerciais por 90 dias. De resto, ainda que o sentimento positivo seja assinalável no que diz respeito às principais praças europeias, foi mais notório na sessão das bolsas asiáticas e está também bastante evidente, na sessão de Wall Street.

Por cá, o índice nacional liderou as subidas europeias, “impulsionado pelas subidas da EDP Renováveis, Navigator e Galp. O BCP também esteve em bom plano, ao ultrapassar a marca dos 60 cêntimos, depois da sua unidade polaca ter reportado um aumento de 40% nos lucros do primeiro trimestre”, apontam os analistas.

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