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“Lisboa? Realidade é grave e na opinião de especialistas, pode ser o início de uma segunda vaga”, admite líder do CDS-PP

À saída da reunião que juntou o Presidente da República e partidos no Infarmed, Francisco Rodrigues dos Santos acusou ainda o Governo de falhar na gestão da pandemia e de aproveitar para manter elevados os índices de popularidade.
António Pedro Santos/Lusa
24 Junho 2020, 17h02

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, realçou esta quarta-feira que a situação na região de Lisboa e Vale do Tejo “é grave” e que na opinião dos especialistas ouvidos na reunião que contou com a presença do Presidente da República, partidos e Infarmed, “pode representar o início de uma segunda vaga”.

À saída da mesma reunião, o líder do CDS-PP acusou ainda o Governo de falhar na gestão da pandemia e de aproveitar para manter elevados os índices de popularidade. “No início do combate à Covid-19, observámos uma preocupação muito grande do Governo na gestão de opinião pública e um esforço acérrimo para manter  os seus índices de popularidade elevados”, explica o líder do CDS-PP.

“No início, vimos o surto a entrar nos lares e a ministra a dizer que deviam existir planos de contingência a tempo e horas, coisa que não aconteceu; depois faltaram testes, mais tarde equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde e durante todo este período, nunca existiu um pedido de desculpas, um apuramento das responsabilidades”, esclareceu.

Francisco Rodrigues dos Santos questionou ainda o motivo pela qual não são aconselhados ajuntamentos, mas ainda assim é realizada a festa do Avante, após reunião com o Presidente da República, os partidos e o Infarmed.

“É ilegal um jovem agrupar-se para beber uma cerveja e já não é ilegal haver, por exemplo,  um festival como a festa do avante”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos. “Aí o vírus já não vai atacar?”, completou.

Além da comparação entre reuniões de jovens e a festa promovida pelo PCP, Francisco Rodrigues dos Santos lembrou que “a CGTP tem, só  para esta semana, nove concentrações marcadas”. O líder do CDS-PP questionou ainda  “se o Covid-19 não poderá atacar em casos como grandes espetáculos , como acontece no Campo Pequeno”.

Apesar das criticas ao Governo e do CDS-PP considerar que “se encontrou um bode expiatório e uma explicação para o agravamento destes mesmos números”, o partido apela aos jovens que “têm de ser responsáveis e respeitar as normas de segurança”.

 

 

 

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