[weglot_switcher]

Lisboa vai ter um novo museu de arte contemporânea em março de 2025

O MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, em Lisboa, abre portas no dia 22 de março de 2025 com mais de 600 obras de artistas nacionais e internacionais, num complexo que abarca também um hotel de 5 estrelas.
© Fernando Guerra
28 Novembro 2024, 12h12

A abertura do MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, em Lisboa, terá lugar a 22 de março de 2025, espaço que nasce da vontade do fundador e empresário português Armando Martins de mostrar a sua coleção pessoal de arte, que inclui mais de 600 obras, desde o final do século XIX até aos dias de hoje.

Após sucessivos adiamentos, a escolha da data de abertura não foi inocente, coincidindo com o aniversário de Armando Martins e da aquisição da sua primeira obra de arte original, a 22 de março de 1974. A coleção MACAM integra arte moderna e contemporânea de artistas portugueses e internacionais, nela figurando nomes consagrados como Amadeo de Sousa Cardozo, Paula Rego, Júlio Pomar, Pedro
Cabrita Reis, Maria Helena Vieira da Silva, Helena Almeida, Julião Sarmento, Ernesto Neto, Marina Abramović, Olafur Eliasson, Elmgreen & Dragset, Isa Genzken, Liam Gillick, Dan Graham, Thomas Struth, entre muitos outros.

O MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, que junta no mesmo espaço um museu e um hotel de 5 estrelas, está instalado no edifício histórico do Palácio Condes da Ribeira Grande, situado na Rua da Junqueira, no eixo Alcântara/Belém, e tem um total de 13 mil metros quadrados, com cerca de dois mil metros quadrados de espaço expositivo. Liderado pelo estúdio de arquitetura português MetroUrbe que trabalhou em estreita colaboração com o MACAM, o projeto procurou preservar e restaurar várias áreas e materiais deste edifício que remonta ao início do século XVIII.

A fachada desta nova ala – premiada na edição deste ano dos Surface Design Awards, em Londres – é revestida por uma série de azulejos tridimensionais da autoria da artista e ceramista portuguesa Maria Ana Vasco Costa, inspirada na tradição portuguesa de fabrico de azulejos.

Sob o mote do projeto: The House of Private Collections (A Casa das Coleções Privadas), o MACAM convidará também outros colecionadores privados a mostrar as suas coleções no espaço expositivo do MACAM, reforçando a missão de Armando Martins de tornar as coleções pessoais visíveis ao público. “Espero que este projeto possa ser útil e dar um contributo à cidade de Lisboa, à sua cultura e a quem
nos visita”, afirma Armando Martins.

Para o espaço do MACAM, foram convidados três artistas a desenvolver obras site-specific. Na antiga capela, o artista espanhol Carlos Aires desenvolveu uma instalação que revela inspiração no ancestral diálogo ambíguo entre a espiritualidade e a brutalidade da guerra. O artista português José Pedro Croft criou uma intervenção escultórica de grande dimensão localizada no terraço nascente da fachada do palácio. ao passo que no outro terraço da fachada, a poente, o público poderá ver uma criação da artista canadiana Angela Bulloch.

O MACAM Hotel, de 5 estrelas, dirigido por Vera Cordeiro, dispõe de 64 quartos personalizados, cada um oferecendo uma experiência artística única, já que uma seleção de obras da Coleção MACAM está presente em cada quarto do hotel, nos corredores e nos terraços exteriores. De referir ainda que o hotel acolherá o espaço Live Arts Bar, que irá dinamizar, durante todo o ano, um programa de eventos culturais, espetáculos de música ao vivo, leituras de poesia e sessões de literatura.

Estão previstos três dias de eventos e atividades comemorativos para assinalar a inauguração do MACAM, que terá entrada gratuita para o público. Mais pormenores serão anunciados no final de janeiro de 2025.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.