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Lituânia lamenta decisão da China de reduzir relações diplomáticas

O Governo lituano reagia ao anúncio de Pequim de redução das relações diplomáticas ao nível de “encarregado de negócios”, em protesto contra a abertura de um gabinete de representação de Taiwan em Vilnius.
21 Novembro 2021, 11h46

A Lituânia afirmou este domingo, 21 de novembro, lamentar a decisão da China de limitar as relações diplomáticas com Vilnius, na sequência da abertura de um gabinete de representação de Taiwan na cidade.

“A Lituânia reafirma a adesão à política ‘Uma China’, mas ao mesmo tempo tem o direito de alargar a cooperação com Taiwan”, incluindo através do estabelecimento de missões não diplomáticas, indicou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros lituano.

O Governo lituano reagia ao anúncio de Pequim de redução das relações diplomáticas ao nível de “encarregado de negócios”, em protesto contra a abertura de um gabinete de representação de Taiwan em Vilnius.

Antes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou, em comunicado, que “O Governo chinês foi forçado a reduzir as relações diplomáticas entre os dois países (…) para salvaguardar a soberania e as normas fundamentais das relações internacionais”.

A Lituânia mantém relações diplomáticas com a China desde 1991, pouco depois de se ter tornado independente da antiga União Soviética. Apesar de não reconhecer oficialmente a ilha, Vilnius tem estreitado, nos últimos anos, o relacionamento com Taipé.

Pequim instou o país báltico a “retificar imediatamente os seus erros” e advertiu Vilnius de que “não deve subestimar a determinação do povo chinês na defesa da sua soberania”.

As autoridades de Taiwan indicaram que a representação em Vilnius visa “expandir as relações com a Europa Central e Oriental, especialmente com os países bálticos, e reforçar a cooperação e o intercâmbio em vários domínios”.

Taiwan, para onde o exército nacionalista chinês fugiu após a derrota contra as tropas comunistas na guerra civil, em 1949, tem um governo autónomo desde então, embora a China considere a ilha uma província e defenda a reunificação.

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