O Lloyds Banking Group escolheu Charlie Nunn do HSBC para presidente-executivo em substituição do português António Horta-Osório, tinha anunciado no Verão a intenção de abandonar a presidência do Lloyds, prevendo sair em junho de 2021 e cumprir assim um mandato de dez anos, onde se destacou por ter recuperado o Lloyds e devolvido o banco à esfera privada com lucro para o Tesouro britânico.
Charlie Nunn é atualmente o chief executive officer (CEO) da divisão de gestão de patrimónios e private banking do HSBC e para assumir a liderança do Lloyds deixa a liderança da divisão de banca privada e gestão de fortunas do HSBC a Nuno Matos, um português que passou antes pelo Banco de Portugal e pelo Banco Santander.
Charlie Nunn é um ex-consultor da McKinsey que ingressou no HSBC em 2011.
“O maior banco doméstico da Grã-Bretanha, Lloyds Banking Group, disse na segunda-feira que escolheu Charlie Nunn, atualmente CEO da divisão de banca privada e gestão de fortunas do rival HSBC, para se tornar seu próximo presidente-executivo”, revela a Reuters.
Segundo a Reuters, Nunn chega num momento crítico da economia e será encarregado de dirigir o Lloyds, num contexto de pandemia-Covid 19 e numa era de taxas de juros baixíssimas do banco central. Sendo que o Lloyds funciona como barómetro da economia em geral, salienta a Reuters.
Apesar de constituir pesadas provisões contra potenciais perdas com crédito este ano, os analistas dizem que o Lloyds, assim como seus rivais, enfrenta mais problemas com a retirada do apoio governamental para empregos e negócios no próximo ano.
As ações do banco caíram 40% este ano, embora tenham subido um terço desde o início de novembro, após notícias de avanços na corrida para encontrar uma vacina contra COVID-19.
Nunn, um ex-consultor da McKinsey que ingressou no HSBC em 2011, só foi nomeado para sua função atual no início deste ano, após uma remodelação administrativa do CEO Noel Quinn.
Nunn receberá um salário básico anual de 1,125 milhões de libras (1,25 milhões de euros) e um prémio em ações, fixo, de 1,05 milhões de libras (1,16 milhões de euros), além de benefícios variáveis que representam 4% do salário base, disse o Lloyds num comunicado. A sua pensão foi fixada em 15% do seu salário.
A Reuters diz que a sua remuneração máxima será cerca de 20% menos do que a de Horta-Osório.
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