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Londres prepara regulamentação à medida para maior IPO de sempre

A Arábia Saudita vai decidir até ao início do próximo ano se realiza a venda de parte da maior empresa produtora de petróleo do mundo, a Saudi Aramco, no Reino Unido ou nos EUA.
13 Julho 2017, 15h59

A entidade reguladora britânica está a tentar aliciar a Arábia Saudita para receber a maior Oferta Pública Inicial ( IPO na sigla em inglês) de sempre em Londres. A Autoridade de Conduta Financeira anunciou esta quinta-feira que será mais fácil para empresas públicas negociarem ações no país, através da criação de uma categoria especial para firmas em processo de privatização.

A decisão acontece numa altura em que a Arábia Saudita está à procura de um comprador privado para 5% da empresa nacional de petróleo, Saudi Aramco. A empresa está avaliada em cerca de dois biliões de dólares e a operação poderá valer entre 50 e 100 mil milhões de dólares, devendo tornar-se no maior IPO de sempre, de acordo com dados do Financial Times.

“Os proprietários de dívida soberana são diferentes dos indivíduos ou empresas do setor privado – tanto nas motivações como na sua natureza”, explicou o presidente-executivo da Autoridade de Conduta Financeira, Andrew Bailey, em declarações ao FT. “Os investidores há muito que reconhecem isto e os mercados de capitais estão adaptados para avaliar o tratamento dos investidores de outros países soberanos”.

A Saudi Aramco é a maior produtora de petróleo do mundo e é responsável por um em cada nove barris de crude que chegam ao mercado global. O reino saudita já tinha anunciado que tinha limitado as opções de local para realizar o negócio, que está planeado para o início de 2018, a dois locais: Londres ou Nova Iorque.

A primeira-ministra, Theresa May, e o presidente do London Stock Exchange Group, Xavier Rolet, viajaram no início do ano para a Arábia Saudita para iniciar as negociações. A alteração à regulamentação poderá ser mais um passo para facilitar o processo, enquanto o Reino Unido tinha já iniciado uma série de reformas aos mercados acionistas e de dívida.

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