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‘Low cost’ já valem 40% do transporte aéreo em Portugal

Portugal está colocado em 17º lugar no continente europeu, em termos de capacidade de lugares oferecidos pelas companhias aéreas de baixo custo, de acordo com um estudo da consultora OAG.
18 Agosto 2018, 14h30

Portugal está no top 20 do continente europeu no que respeita à percentagem de lugares disponibilizados pelas companhias aéreas de baixo custo (low cost).

De acordo com um estudo da consultora OAG, a que o Jornal Económico teve acesso, Portugal deverá fechar este ano com uma percentagem de 40,8% de quota de mercado das companhias low cost no movimento de passageiros de e para os aeroportos nacionais.

Segundo a análise da OAG, que não revela dados absolutos, Portugal está colocado em 17º lugar neste ranking, que já apresenta as estimativas até ao final do presente ano.

Na verdade, o nosso país deveria estar colocado em 16º lugar nesta listagem, uma vez que Gibraltar, que está posicionado no sétimo lugar, não é reconhecido internacionalmente como um país.

O estudo em causa conclui que a Macedónia será, no final deste ano, o país europeu com maior quota de lugares disponibilizados pelas companhias aéreas de baixo custo: 65,6%.

A seguir colocam-se outros países do leste europeu, como a Eslováquia (62,3%), Hungria (61,7%), Roménia (60,7%), Lituânia (56,8%) e Bósnia-Herzegovina (56,2%).

Na referida sétima posição surge Gibraltar, com uma quota de mercado de 55% prevista para o final deste ano para as companhias aéreas low cost.

A seguir, no oitavo lugar desta lista, aparece a vizinha Espanha, com uma quota prevista de 53,7% para as companhias aéreas de baixo custo no final deste ano.

Na nona posição, regressa um país da Europa de leste, a Polónia, com uma quota estimada de 51,6% para as low cost.

A fechar o top 10 das quotas de lugares disponibilizados pelas companhias aéreas de baixo custo ao longo deste ano está a Itália, com uma parcela prevista de 48,8%. Malta (48,4%), Bulgária (47,7%), Chipre (43,6%), Irlanda (43%), Reino Unido (42,8%) e Islândia (40,8%) completam o ranking até à 17ª posição, ocupada por Portugal.

Abaixo do nosso país, no que respeita ao top 10 da quota dos lugares disponibilizados pelas companhias aéreas de baixo custo em relação ao total do mercado europeu da aviação na Europa até ao final do presente exercício, estão a Noruega (39,8%), Bélgica (37,5%) e Croácia (35,3%).

Um dado curioso deste estudo a que o Jornal Económico teve acesso é que os 20 mercados mais fracos, no que se refere à quota de lugares disponibilizados por companhias aéreas low cost, é dominada por países da Europa de leste (Bielorrússia, Rússia, Azerbaijão, Ucrânia, Moldávia, Arménia, Estónia, Eslovénia, Albânia, Montenegro, Sérvia, Letónia, Geórgia e República Checa).

Noutras latitudes e longitudes da Europa, a Finlândia (15,3%), o Luxemburgo (18,4%), a Áustria (22,2%), a Grécia (28%), a Holanda (28,4%) e a Suíça (28,7%), completam esta segunda metade do top 20 dos países que, no final deste ano, deverão ter as quotas mais elevadas de lugares disponibilizados pelas companhias de baixo custo em relação ao mercado aéreo global na Europa.

 

Mais de 500 milhões de lugares disponíveis em 2018

O estudo da consultora OAG calcula que no final deste ano a capacidade das companhias aéreas low cost na Europa ultrapasse a barreira dos 500 milhões de lugares disponibilizados aos passageiros, mais precisamente um crescimento de 7,4% face aos cerca de 467 milhões de lugares proporcionados pelo setor no ano passado.

Se se confirmarem estes dados, quer dizer que num decénio, desde 2009, o número de lugares disponibilizados pelos passageiros pelas companhias aéreas low cost mais que duplicou, desde os 224,3 milhões de lugares proporcionados em 2009.

Quanto ao crescimento médio anual, verificou-se uma taxa de subida de 9,4% nos últimos dez anos

Em termos absolutos, o estudo da consultora OAG indica que o número de lugares disponibilizados pelas companhias aéreas low cost deverá aumentar em cerca de 35 milhões de assentos até ao final deste ano, em comparação com os dados registados no ano passado (cerca de 467 milhões de lugares).

Mesmo que, neste aspeto, o crescimento percentual previsto no setor para este ano seja o mais baixo desde 2013, um ano em que este tipo de capacidade aumentou 5,5%, para um total de cerca de 297,4 milhões de lugares disponibilizados pelas companhias aéreas low cost.

No entanto, se se mantiver a taxa de crescimento dos lugares disponibilizados na Europa pelas companhias aéreas low cost, a consultora OAG estima que em 2019 serão proporcionados 540 milhões de lugares.

O mesmo estudo avança que em 2020, estes números podem chegar à casa dos 600 milhões de lugares por parte das companhias aéreas de baixo custo na Europa.

Ainda de acordo com as estimativas da consultora OAG, as companhias aéreas low cost deverão assumir uma quota global de cerca de 36% no mercado europeu da aviação no final deste ano, a percentagem mais elevada de sempre.

Se o ritmo de crescimento deste segmento da aviação verificado na Europa desde 2009 se mantiver estável, a quota de mercado das companhias low cost no Velho Continente deverá ascender a cerca de 50% em 2027.

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