A audição do Bloco de Esquerda para ouvir a procuradora-geral da República foi aprovada. Assim, e segundo o “Público”, Lucília Gago vai mesmo deslocar-se ao Parlamento para falar da situação que se vive na Justiça portuguesa.
O requerimento do BE para ouvir Lucília Gago foi aprovado durante esta manhã, com votos a favor do PS, PSD, CDS, IL, PAN e BE, enquanto o Livre e o PCP estavam ausentes no momento da votação. Desta forma, o Chega foi o único partido a abster-se na votação que aconteceu na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Relembrar que a audição da procuradora foi solicitada depois de terem sido divulgadas escutas da Operação Influencer na comunicação social, o que levou à abertura de um inquérito para averiguar as fugas de informação.
Agora, e depois de despoletada esta situação, os bloquistas pediram que a procuradora-geral fosse dar explicações aos deputados. Assim, Lucília Gago vai à Assembleia da República para explicar toda a situação que se vive atualmente na Justiça, nomeadamente casos polémicos como Operação Influencer (cujo parágrafo de Gago levou à demissão de António Costa e queda do Governo), caso das gémeas luso-brasileiras (Lacerda Sales e filho de Marcelo constituídos arguidos) e ainda as detenções na Madeira que provocaram eleições antecipadas e causaram instabilidade governativa após Miguel Albuquerque voltar a ganhar as eleições.
Os bloquistas defenderam, durante a reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, que a audição tem um carácter urgente. Assim, estima-se que a audição a Lucília Gago deva acontecer nas próximas semanas, ainda antes da interrupção dos trabalhos para as férias de verão.
Outra ideia transmitida pelo Bloco de Esquerda, responsáveis pelo requerimento, é que a audição da procuradora-geral da República deve acontecer à porta aberta, tal como tem acontecido com outras audições polémicas.
Lucília Gago vai ao Parlamento falar sobre a “apresentação institucional do relatório anual de atividades do Ministério Público”, com os deputados a aproveitarem a sua deslocação para questionar a procuradora sobre os processos polémicos.
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