Lucros da EDP aumentam 43% para 437 milhões de euros no primeiro semestre

Os lucros da EDP registaram um aumento de 43% para 437 milhões de euros no primeiro semestre de 2023 face ao período homólogo do ano anterior, de acordo com os resultado divulgados pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira, 27 de julho.

A empresa justifica este resultado pela recuperação de mais 68% da produção hidroelétrica, que tinha sido fortemente impactada pela seca extrema em Portugal no primeiro semestre de 2022.

Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 24% para 2.464 milhões de euros, impulsionado pela subida da produção hídrica e normalização dos custos de abastecimento de eletricidade e gás face ao período homólogo do ano anterior.

Por sua vez, o EBITDA da atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil manteve-se estável nos 726 milhões de euros. No Brasil o EBITDA subiu 4%, com a empresa a justificar este aumento com a atualização de receitas reguladas à inflação e aumento da base de ativos com entrada em operação de novas linhas de transmissão.

Em sentido inverso, na Península Ibérica, o EBITDA caiu 4%, com o aumento de receitas reguladas a não ser suficiente para compensar o impacto da inflação nos custos operacionais.

Já o resultado líquido recorrente aumentou 72% para os 517 milhões de euros, estando excluídos 80 milhões de euros de custos não recorrentes, onde se destaca uma imparidade da centraltérmica de Pecém no Brasil.

No mês de junho, a dívida líquida totalizava 15,3 mil milhões de euros resultado “da aceleração do investimento em renováveis e redes de eletricidade, o pagamento do dividendo anual em maio de 2023 e a evolução de fundo de maneio regulatório, parcialmente compensado pelo pelos dois aumentos de capital realizados pela EDP (mil milhões) e EDP Renováveis (mil milhões) em março de 2023.

Em relação aos custos financeiros líquidos verificou-se um crescimento de 8% para os 416 milhões de euros, em resultado do aumento do custo médio da dívida em 30 bps para os 4,8%.