Lucros da Ford sobem 63% no terceiro trimestre do ano

“Neste trimestre, conseguimos resultados mais homogéneos, com melhorias no crescimento, no lucro e no fluxo de caixa”. Foi assim que Bob Shanks, responsável financeiro da Ford caracterizou os resultados da marca no terceiro trimestre do ano, em que se verificou um aumento de 63% no lucro líquido, para um total de 1,6 mil milhões de dólares (1,35 mil milhões de euros). As receitas também cresceram, mas apenas 1%, para os 36,5 mil milhões de dólares (30,1 mil milhões de euros).

Os resultados por ação foram de 39 cêntimos de dólar por ação, mais seis cêntimos do que os analistas previram para o primeiro trimestre de Jim Hackett aos comandos da empresa. Em comunicado, o próprio refere que “este trimestre demonstra que o foco da nossa equipa está a revelar resultados, mas também sabemos que temos de acelerar este progresso no curto prazo, ao mesmo tempo que tomamos medidas para (…) sermos mais ágeis no futuro”.

A contribuir para estes resultados esteve a recuperação de créditos fiscais estrangeiros para as contas do EUA, uma prática que a Ford iniciou no segundo trimestre e que visa antecipar as reformas que Trump planeia para a fiscalidade das empresas do país. O aumento dos ganhos da Ford foi ainda alimentado pela performance do mercado da América do Norte, onde o lucro antes de impostos foi de 1,4 mil milhões de euros, mais 31% do que há um ano. Na Europa, a Ford registou uma quebra de 72,8 milhões de euros (há um ano registava ganhos de 262 milhões). A marca atribui estes resultados à incerteza do Brexit e aos custos de lançamento da nova berlina Fiesta, esperando que o mercado europeu seja lucrativo até ao final do ano.

Na América do Sul e no Médio Oriente e África, o construtor norte-americano também registou perdas, de 133 e de 50,7 milhões de euros, respetivamente. Em sentido contrário foram os lucros antes de impostos na região Ásia-Pacífico, que mais do que duplicaram face aos resultados de 2016, para um total de 244,6 milhões de euros.