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Lucros da Jerónimo Martins sobem 27,5% para 590 milhões de euros em 2022

A administração do grupo que detém os supermercados Pingo Doce propôs o pagamento aos acionistas de um dividendo de 55 cêntimos por ação da empresa, num total de 345,6 milhões de euros.
22 Março 2023, 19h18

Os lucros da Jerónimo Martins subiram 27,5% para 590 milhões de euros no ano passado, revelou a empresa de retalho esta quarta-feira. O lucro por ação foi de 94 cêntimos.

A administração do grupo que detém os supermercados Pingo Doce propôs o pagamento aos acionistas de um dividendo de 55 cêntimos por ação, num total de 345,6 milhões de euros, segundo o relatório financeiro enviado esta tarde, após o fecho da bolsa, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As vendas da retalhista subiram igualmente a dois dígitos (+21,5%), comparativamente ao ano anterior, para 25,4 mil milhões de euros. O crescimento nas vendas foi impulsionado pelo investimento no preço, o que acabou por reduzir o impacto negativo da inflação nos resultados, de acordo com a informação transmitida à CMVM.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 17%, em termos homólogos, para 1,9 mil milhões de euros. No entanto, a margem de EBITDA caiu 0,3 pontos percentuais em relação a 2021, para os 7,3%, devido ao aumento do suprarreferido investimento em preço e o impacto da inflação nos custos.

A dívida líquida manteve-se praticamente em linha com o ano anterior, nos 1,4 mil milhões de euros. Já o programa de investimento atingiu os 1.013 milhões de euros nesse período, dos quais quase metade (48%) foram canalizados para a Biedronka, a marca na Polónia.

Quanto à insígnia Pingo Doce, as vendas registaram um crescimento de 11,2%, com um LFL (Like for Like) de 9,4% (excluindo combustível), para os 4,5 mil milhões de euros. Em termos de lojas, contabilizaram-se dez aberturas, correspondentes a sete adições líquidas, e 37 localizações com remodelação (incluindo três liftings).

O presidente do conselho de administração e administrador delegado da Jerónimo Martins lembrou, na mensagem associada ao documento, que 2022 foi um ano marcado por “particular incerteza e elevada pressão”, ainda motivadas pela “disrupção das cadeias internacionais de abastecimento provocada pela pandemia de Covid-19”, bem como a guerra na Ucrânia.

“Na sequência das dificuldades que antecipámos no início do ano transato, fomos fiéis ao compromisso então assumido de fazermos a nossa parte para contribuir para a contenção da inflação alimentar. Fizemo-lo absorvendo parte dos aumentos de preço apresentados pelos nossos fornecedores, por forma a não transferir todos os incrementos registados ao nível do custo das mercadorias compradas para o aumento dos preços de venda ao consumidor”, referiu Pedro Soares dos Santos.

O CEO da dona do Pingo Doce destaca ainda que, “volvidos quase três meses desde o início de 2023”, a inflação, nos países onde o grupo opera, “dá sinais de ser mais persistente do que no final de 2022 se esperava, reduzindo a confiança dos consumidores e o poder de compra das famílias, e continuando a pressionar os nossos custos e margens”.

“Cientes da inegável exigência do contexto, estamos confiantes que o trabalho das nossas equipas e a solidez do nosso balanço nos colocam numa posição relativa vantajosa para responder com assertividade às necessidades de um consumidor ainda mais sensível ao preço”, conclui Pedro Soares dos Santos.

Notícia atualizada às 19h49

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