Lucros da Shell caem 8% no primeiro semestre para 10,9 mil milhões de dólares

A petrolífera britânica, Shell, terminou o primeiro semestre do ano com uma descida de 8% no lucro, para 10.874 milhões de dólares, a receita da empresa também apresentou uma diminuição, de 9,2%, chegando aos 149.76 milhões de dólares

No segundo trimestre o lucro ajustado da empresa atingiu os 6,3 mil milhões de dólares, o que representa uma descida, de 19%, face ao lucro obtido no trimestre anterior, que se situou nos 7,7 mil milhões de dólares.

A empresa apresentou uma decida no EBITDA ajustado face ao trimestre anterior, ficando nos 16,8 mil milhões de dólares.

Os resultados da empresa subiram 25% face ao período homólogo, num sinal de que o esforço do CEO, Wael Sawan, para reduzir os custos e melhorar o desempenho está a surtir efeito.

Apesar dos resultados apresentados serem mais baixos do que os do trimestre anterior, devido a uma quebra nas margens de refinação e no comércio de gás e petróleo, superaram as expectativas dos analistas.

A Shell anunciou que vai lançar um programa de recompra de ações, no total de 3,5 mil milhões de dólares, nos próximos meses, um valor igual ao que tinha anunciado no trimestre anterior, mantendo o dividendo inalterado.

“Estamos numa boa posição e temos um bom momento, como vemos, no entanto, há muito mais a fazer”, revela Wael Sawan. “Estamos a ver o sistema energético a voltar ao seu nível normal anterior a 2022”, afirma o CEO, referindo-se aos lucros brutais que as petrolíferas registaram depois dos preços da energia terem disparado por causa da invasão da Rússia à Ucrânia.

Segundo o CEO, a empresa realizou uma redução dos custos estruturais em 1,7 mil milhões de dólares desde 2022, estando próximo da sua meta de redução de custos em três mil milhões de dólares até ao final de 2025.

Depois de apresentados os resultados as ações da empresa na bolsa de Londres já subiram 1,37%.