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Lucros das empresas cotadas subiram 73% em 2022 e já superam em 70% os resultados antes da pandemia

Já no que se refere à faturação (receitas), as 15 cotadas viram as receitas aumentarem 35,2% em 2022 face ao ano anterior para 101,7 mil milhões de euros. Um crescimento que mais do que duplica a subida de 16,6% registada em 2021 face a 2020. As receitas das empresas cotadas do PSI viram as receitas subirem 41,3% face a 2019, antes da pandemia.
27 Março 2023, 17h32

A Maxyield fez uma análise às 15 empresas cotadas que até ao ano passado integravam o principal índice nacional, o PSI (sem a Ibersol que entrou este ano). A soma dos resultados líquidos das 15 empresas em 2022 somou 5.289 milhões de euros, o que traduz uma subida de 72,6% face a 2021 (3.064 milhões) e 70% face aos resultados de 2019 (antes da pandemia) que somaram 3.111 milhões de euros.

Já no que se refere à facturação (receitas), as 15 cotadas viram as receitas aumentarem 35,2% em 2022 face ao ano anterior para 101.677 milhões de euros (cerca de 102 mil milhões de euros). Um crescimento que mais do que duplica a subida de 16,6%, registada em 2021 face a 2020, no que às receitas das cotadas diz respeito. Em 2020, num contexto de encerramento da economia devido à Covid 19, registou-se uma queda anual de apenas 10,4%.

As empresas cotadas do PSI viram as receitas subirem 41,3% face a 2019, antes da pandemia.

O EBITDA cresceu paralelamente às receitas, razão pela qual a rentabilidade comercial medida pela margem EBITDA (EBITDA/Rendimentos), manteve uma forte estabilidade relativa em torno de  17%. Apesar de em 2022 (16,7%) ser ligeiramente inferior a 2021 (17,1%).

O EBITDA, resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, fixou-se em 17.016 milhões no acumulado das 15 empresas do PSI, o que compara os 12.882 milhões em 2021, com os 11.689 milhões em 2020 e com os 12.689 milhões de euros em 2019.

A Galp teve um papel decisivo no crescimento dos resultados líquidos das cotadas, explica a Maxyield que faz a comparação dos resultados líquidos RCA – replacement cost accounting [que excluem os eventos não recorrentes e o efeito stock] e os resultados líquidos pelas regras internacionais do IFRS.

“Computando a Galp Energia em RCA (replacement cost accounting) os lucros do universo PSI passaram de 3,5 mil milhões  em 2021, para 4,7 mil milhões em 2022, representando um crescimento de 33,5%”, refere o Clube dos Pequenos Acionistas.

Já “computando a Galp em IFRS (normas internacionais de reporte financeiro) o lucro do universo PSI passa de 3,1 mil milhões em 2021, para 5,3 mil milhões em 2022, representando um crescimento de 72,6%”, acrescentam.

O que nos revela ainda a análise comparativa? Revela-nos que a dívida líquida  atingiu no final de 2022 o valor de 36.981 milhões de euros, tendo sofrido um crescimento anual de 2.699 milhões euros, ou seja, subiu 8% face a 2021 e está 2,5% acima de 2019, antes da pandemia.

O ano de 2022 terminou com uma relação dívida líquida total /EBITDA de 2,19x, quando em 2021 era de 2,66x.

E no investimento? O Capex revela que em 2022 as 15 cotadas investiram 12.363 milhões de euros o que compara com 9.627 milhões em 2021, ou seja, mais 28,4%. Já comparando com 2019 quando as despesas de investimento eram de 6.822 milhões, a subida é de 81,2%, não se notando por isso qualquer “trauma” com a pandemia que pudesse conduzir a mais cautelas no investimento.

O cash flow de exploração fixou-se em 12.164 milhões em 2022 o que compara com 8.881 milhões em 2021 e com 8.833 milhões em 2019.

A Maxyield detalha que “em 2022 o Capex e o Cash Flow bruto de exploração, do universo PSI atingiram respectivamente  12.362,5 milhões e 12.163,6 milhões de euros, que revela uma importante capacidade de autofinanciamento do investimento”.

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