Lucros do BCP caem 59,3% para 59,5 milhões de euros até setembro

O Millennium BCP deve às provisões de 313,5 milhões de euros para riscos legais associados a créditos em francos suíços (no banco da Polónia) e para itens específicos (87,6 milhões) em Portugal relacionados com a redução de pessoal, a queda dos resultados líquidos consolidados de 59,3% para 59,5 milhões de euros.

Excluindo estes itens, o resultado operacional core do BCP atingiu os 938,7 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 8,3%.

A margem financeira sobe 1,3% para 1.168,6 milhões de euros. Já as comissões subiram 7,2% para 534,2 milhões de euros. Por sua vez, o produto bancário avança 2,6% para 1.706,4 milhões. Mas os custos operacionais sobem 4,8% para 851,7 milhões. O rácio de eficiência (cost-to-incom) agrava de 48,9% para 49,9% num ano.

Em Portugal o cost-to-income melhora de 47,6% para 43,8%.

O BCP destaca o aumento do crédito performing em 3,1 mil milhões de euro, crescendo 5,8% face a setembro de 2020.

A redução dos NPE (malparado) foi de 800 milhões de euros, lembra o BCP que destaca a melhoria dos indicadores de qualidade do crédito. O custo do risco é de 60 pontos base (69 pb se ajustado de reversões one-off) e de 68 pontos base só em Portugal (aqui agrava para 79 pb se ajustado de reversões one-off).

A base de clientes subiu , com destaque para os clientes mobile (+543 mil, dos quais 196 mil em Portugal).

O banco reporta também a subida dos recursos de clientes em 7,3 mil milhões de euros. Sendo que os recursos fora do balanço subiram 10,1% para 20,7 milhões.

O rácio de capital total e o rácio de CET1 (fully implemented) são de 15,2% e 11,8%, respetivamente. O banco diz que em base proforma, considerando o impacto esperado  da venda da subsidiária na Suíça, passa a 15,3% e 12%, respetivamente.

Notícia em atualização