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Lucros do BPI recuam 60% para 49 milhões no primeiro trimestre

Descida do resultado líquido principalmente afetada pelo impacto de efeitos não recorrentes, como a venda da participação que o BPI detinha na produtora de cervejas Super Bock.
  • Manuel de Almeida/Lusa
2 Maio 2019, 07h57

Os lucros do BPI recuaram 60% para 49 milhões no primeiro trimestre deste ano face a período homólogo. Este resultado deve-se principalmente ao impacto positivo de 60 milhões de euros não recorrente registado no trimestre homólogo.

Estes 60 milhões referem-se ao ganho que o BPI teve com a venda da participação na Viacer, a sociedade que detinha 56% do capital da Super Bock Group, o produtor de cerveja. A participação foi vendida à Violas SGPS, controlada pelo grupo Violas.

A atividade do banco liderado por Pablo Forero em Portugal contribuiu com 45,5 milhões de lucros para os lucros totais. O banco BPI, que deixou a bolsa de Lisboa no final de 2018, anunciou esta semana que vai distribuir 140 milhões de euros em dividendos. O banco português é detido maioritariamente pelos espanhóis do Caixabank.

Já as reversões de imparidades atingiram 11 milhões no primeiro trimestre. O produto bancário recuou 28% para 174,1 milhões de euros. No primeiro trimestre, a margem financeira subiu 5,2% para 10,8 milhões, com as comissões líquidas a descerem 8% para 60,4 milhões. Os resultados em operações financeiras e outros proveitos desceram 53,7% para 6,9 milhões.

O crédito a particulares recuou 0,1% para 12.546 milhões de euros, enquanto o crédito a empresas subiu 0,6% para 9.349 milhões de euros. O crédito total subiu 0,3% para 23.546 milhões de euros. O BPI diz que tem uma quota de mercado de 10,2% no crédito total em Portugal.

Já a contratação de crédito hipotecário recuou 2,3% para 231 milhões de euros no primeiro trimestre. Por sua vez, a contratação de crédito pessoal e financiamento automóvel desceu 11,7% para 165 milhões de euros. Em termos de quotas de mercado, a carteira de crédito hipotecário atinge os 11,5%, com a contratação de crédito pessoal a registar 12,8%.

Os depósitos dos clientes subiram 0,7% para 21.312 milhões de euros, com o banco a ter uma quota de 9,9% no mercado de depósitos em Portugal. No primeiro trimestre, o BPI detinha um total de 33.622 milhões de euros em depósitos, mais 1,3% face a período homólogo.

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