Os lucros do BPI subiram 12% para 588 milhões de euros no conjunto do ano passado, face a 2023, num período marcado pelo aumento da concessão de crédito às famílias e empresas.
O BPI alcançou lucros recorde em 2024, totalizando os 588 milhões de euros. Isto representa uma subida de 12% em comparação com os 524 milhões de euros obtidos em 2023, com a atividade em Portugal a contribuir com 511 milhões de euros no último ano. O banco avança que deve entregar entre 55% a 75% do resultado ao acionista CaixaBank.
“Alcançámos neste exercício o melhor resultado de sempre. Captámos mais poupanças, com particular destaque para o investimento em fundos e seguros de capitalização, onde registámos um crescimento de 10% e concedemos mais crédito às famílias e às empresas”, afirma João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, num comunicado divulgado na CMVM. A rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) recorrente subiu para 18,2%.
O produto bancário atingiu os 1.337 milhões de euros, uma subida de 12%. A margem financeira cresceu 4% para 977 milhões de euros, “explicado pelo repricing do crédito com indexantes superiores aos do período homólogo, parcialmente compensado pelo aumento do custo dos depósito”, resistindo “num contexto de descida das taxas de juro de mercado ao longo de 2024”.
As comissões cresceram 12% em termos homólogos, “o que é explicado, em parte, por um ganho one–off registado em junho 2024, que resultou da liquidação antecipada da participação em resultados de apólices de seguros comercializadas em anos anteriores. Excluindo este impacto extraordinário, o aumento das comissões situou–se em 7%, refletindo o crescimento da atividade comercial”.
Os custos de estrutura mantiveram-se estáveis, recuando 1% face ao ano anterior. Neste período, os custos com pessoal a descerem 2%, enquanto os gastos gerais administrativos aumentaram 6%.
A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 3% em termos homólogos, para 31,1 mil milhões de euros.
A carteira de crédito à habitação aumentou 5% para 15,2 mil milhões de euros, com a contratação de novo crédito à habitação em 2024 a atingir os 2,9 mil milhões de euros. Isto representa um aumento homólogo de 19%. A carteira de crédito a empresas cresceu 4% para 12 mil milhões. O BPI adianta ainda que concedeu 1.900 milhões de euros de financiamento sustentável.
O BPI realça que o rácio de Non–performing exposures (NPE, critérios EBA) mantém–se em mínimos históricos, fixando-se nos 1,4%.
Por outro lado, os recursos totais de clientes aumentaram 5%, totalizando 40 mil milhões de euros no final de 2024. Já os depósitos cresceram 4% para 30,5 mil milhões. Os recursos fora de balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização e outros) registaram uma subida de 10% para 9,5 mil milhões de euros.
Quantos aos rácios de capital, o CET1 era de 14,3%, Tier 1 de 15,7% e capital total de 17,9% no final do ano passado.
Notícia atualizada às 15:57