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Lucros do Grupo BMW baixam 28,9% em 2019 e ficam-se pelos 5,02 mil milhões de euros

O Grupo BMW apresenta hoje uma quebra dos lucros obtidos em 2019, apesar de ter registado um crescimento de 3,3% no número de veículos produzidos no ano passado, com destaque para o segmento de luxo do topo da indústria automóvel, com a Rolls-Royce a aumentar a sua produção em 21,6%, enquanto o número de unidades fabricadas pela Mini caiu 4,6%.
  • BMW
18 Março 2020, 09h34

Os lucros do Grupo BMW em 2019 ficaram-se pelos 5,02 mil milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 28,9% face ao desempenho de 2018, ano em que o grupo de Munique tinha apresentado um lucro de 7,06 mil milhões de euros, revelou esta manhã o fabricante alemão na conferência de imprensa que está a realizar em live streaming a partir da sua sede em Munique (entre as 9h00 e as 11h15 de Lisboa) aberta a perguntas ao CFO do grupo, Nicolas Peter. Em 2019 as receitas globais do Grupo BMW cresceram 7,6% face a 2018, ascendendo a 104,2 mil milhões de euros. O CAPEX – Capital Expenditure, principal indicador do investimento, recuou 2,9% face a 2018, ficando-se pelos 7,78 mil milhões de euros. O Free Cash Flow – os meios libertos da atividade do Grupo BMW – caiu 5,4% em 2019, face a 2018, ascendendo a 2,56 mil milhões de euros. No fabrico de veículos, o destaque vai para a Rolls-Royce, que cresceu 21,6%, enquanto a Mini caiu 4,6%.

O Grupo BMW é liderado pelo novo Chairman do Conselho de Administração, Oliver Zipse, que em julho de 2019 sucedeu a Harald Krüger (que foi responsável pela estratégia da produção de veículos para a nova mobilidade sustentável, designadamente, o fabrico de modelos com motorização elétrica nas marcas BMW, Mini e Rolls-Royce). Norbert Reithofer mantém-se como o histórico Chairman do Conselho de Supervisão do Grupo BMW, que em 13 de maio de 2015 tinha dado posse a Harald Krüger como presidente da administração do Grupo BMW.

Entre os indicadores industriais relativos à produção do Grupo BMW apresentados esta manhã em Munique, destaca-se o aumento global dos veículos produzidos em 2019, com um crescimento de 2,2% face a 2018, correspondente a um número total de 2.538.367 veículos, entre os quais 2.185.793 unidades da BMW, o que traduz um crescimento homólogo de 3,3%, uma quebra de 4,6% na produção da Mini, que se fica pelas 347.474 unidades e um surpreendente crescimento de 21,6% na produção da Rolls-Royce, que passa das 4194 unidades fabricadas em 2018 para as 5100 produzidas em 2019. O segmento de motos registou um crescimento de 15%, com 187.116 unidades fabricadas em 2019.

O Chairman do Grupo BMW, Oliver Zipse, reconheceu o problema que a economia global está a enfrentar com a crise do Covid-19, mas explicitou que toda a indústria automóvel e, em particular, o Grupo BMW, “tem de pensar no futuro, tem de ver em frente, além da atual crise do Coronavírus”, ilustrando a afirmação com uma apresentação do modelo BMW i4 de 2021.

“No nosso modelo de negócio, a tecnologia será uma constante, com avanços e desenvolvimentos permanentes, apostando na inovação e nos programas tecnológicos”, referiu Oliver Zipse, adiantando que “em 2025 o Grupo BMW tenciona investir 30 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento”.

O futuro próximo serão anos de “aumento da eletrificação na indústria automóvel”, segundo Oliver Zipse. O presidente do Grupo BMW referiu que mais de 100 mil trabalhadores das suas marcas (BMW, Mini e Rolls-Royce) foram treinados para lidar com os desafios da mobilidade elétrica. Zipse destacou a unidade de alta tecnologia que a BMW instalou em Portugal, Lisboa, onde trabalham mais de 600 colaboradores altamente qualificados. Mas também referiu a importância da aliança que fez com o Grupo Daimler (dono da Mercedes-Benz), para desenvolter a tecnologia elétrica.

Ao nível da produção industrial, o Grupo BMW dá o exemplo do modelo da série 7, que vai dispor de quatro tipos de motorizações, com alternativas em gasolina, gasóleo, sistema de plug in e uma unidade totalmente elétrica, com possibilidade de condução autónoma. O Grupo BMW já está a trabalhar na produção da quinta geração do drivetrain elétrico. E as emissões de CO2 também estão a ser objeto de desenvolvimentos tecnológicos que visam a evolução gradual para níveis sempre mais reduzidos.

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